O Curso de Operações Especiais Penal – COPP – que começa na próxima quinta-feira em Rio Branco, vai custar aos cofres do Instituto de Administração Penitenciária do Acre- IAPEN, 652 mil reais.
O que chama atenção é que das 55 vagas disponíveis, somente 25 foram preenchidas por policiais penais da capital e interior.
O restante ficou em aberto devido à pouca procura e boa parte dos pretendentes não ter conseguido passar no teste de aptidão física- TAF – para ter acesso ao curso.
Fato que tem gerado critica entre os próprios policiais penais devido ao alto custo do treinamento voltado para tão poucos participantes.
Para o especialista em Segurança Pública Roberto Sarkis a falta de interesse da categoria pelo curso pode estar associado ao fato de que boa parte dos instrutores não tem diplomação na área para ministrarem as disciplinas.
“No quadro de instrutores do curso aparece o nome de policiais penais, aqui de Rio Branco, que nunca fizeram o curso de operações especiais penal. Com certeza, isso afasta os colegas que desistem de participar do treinamento”, opinou o especialista.
“É desperdício de dinheiro público gastar mais de meio milhão de reais com um treinamento para 25 pessoas. Com certeza menos da metade deles vai chegar ao final e ter utilidade para a corporação”, criticou um policial penal que foi eliminado no TAF.
Na opinião de boa parte da categoria, a diretoria do IAPEN deveria marcar uma nova data para realização de um segundo TAF e oferecer nova chance a quem não pode participar do primeiro.
“A gente defende que qualquer TAF seja realizado em três dias consecutivos para garantir que o pessoal da escala de plantão possa participar, também, no dia seguinte”, disse um policial penal que preferiu não ter o nome citado na reportagem.
O treinamento é de 60 dias.
A reportagem falou com a Assessoria de Imprensa do Iapen, mas até a publicação desse artigo não obteve respostas.