O bote da serpente: Bittar põe Alan Rick nas cordas, e pode obrigá-lo a disputar o governo ou à reeleição sem fundo partidário

Nome forte na disputa do Senado este ano e com muitos cargos na gestão do governador Gladson Cameli, o deputado federal Alan Rick está naquela situação do “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”.

O motivo? Seu partido, o União Brasil, que no Acre é presidido pelo senador Márcio Bittar, decidiu que terá candidato ao governo e que Alan é seu melhor nome para a disputa. Algumas reuniões foram realizadas em Rio Branco nos últimos três dias, inclusive por vídeo conferência. Participaram Bittar no Acre, junto a caciques do partido em Brasília. Teriam dado a candidatura ao governo como prioridade.

Alan é obrigado a aceitar a imposição dos caciques? Não, ele não é obrigado.

Mas vai ser difícil negar o sacrifício, principalmente por ter compromissos com dirigentes sobre a importância da eleição de sua irmã, a porta voz do governo Mirla Miranda, ao cargo de deputada federal. Mirla seria o plano B de Alan caso não fosse eleito.

Mas a prioridade de Alan não é ser candidato ao governo ou eleger sua irmã. Sua prioridade é ser candidato ao Senado. E é aí que ele confronta o seu mais novo, de novo, melhor amigo Márcio Bittar, que manda o União Brasil e, acima de tudo, nas finanças do partido.

Bittar vai negar legenda para Alan Rick ser candidato ao Senado ou até mesmo à reeleição?

Obviamente que não. Já disse em entrevista que seu nome é o melhor, porém, a escolha é dele.

Mas todos sabem qual é a prioridade de Bittar em 2022, até porque ele mesmo não faz segredo: a eleição da ex-mulher Márcia ao Senado e, se nada der certo, a deputada federal.

Diante desse quadro a situação de Alan está longe de ser das melhores, afinal, na hora de dividir o bolo não precisa ser muito inteligente para saber que, “bocado pequeno, meu pirão primeiro”. E, neste caso, o dono do pirão é Bittar.

Alan não pode mais mudar de partido. Também não poder pedir ajuda ao governador Gladson, a quem tem sido leal, mas teceu duras críticas para fazer chapa com Bittar na semana passada, já que o União Brasil não integra a base de apoio do governo. Gladson também não o quer como vice. Primeiro por já ter escolhido seu ungido. E segundo porque Alan Rick por mais de uma vez foi à imprensa dizer que não lhe “interessava” ser vice de Gladson e que só trabalhava com a possibilidade de ser candidato ao Senado.

Se um milagre não acontecer (Alan é pastor, acredita em milagres e já viveu o milagre da vida recentemente com a questão da saúde da esposa e do filho), o deputado pode ficar sem mel nem combuca na disputa e obrigado, por Bittar, a ser candidato ao governo em cima da hora e contra um candidato forte e consolidado como Gladson Cameli.

E com um agravante: vai ter que renunciar a todos os cargos que tem no governo.

O deputado não será, no entanto, obrigado a entrar da disputa. Mas se não aceitar ser soldado do partido, pode ter sua candidatura esvaziada financeiramente, como no apoio de candidatos proporcionais. E como todos sabem, os proporcionais são a mola propulsora de um candidato majoritário.

Neste domingo, Gladson Cameli teve intensa agenda na cidade de Tarauacá, onde participou das festividades em alusão aos 109 anos do município e o deputado Alan Rick esteve junto durante todos os eventos

Aguardemos o desenrolar das próximas horas para saber em qual porto essa canoa vai parar.

Até lá, oremos.

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