E até atacando crianças, como foi o caso na pequena Lara Gabriely Rocha, de apenas 8 anos, que no dia 23 de Abril deste ano teve o rosto desfigurado por um cachorro de rua quando ia comprar lanche com os irmãos no Bairro Assis Brasil, cidade de Cruzeiro do Sul, interior do Acre.
Só em Rio Branco o centro de controle de zoonoses estima que cerca de 168 mil animais, entre cachorros e gatos vivam abandonados nas ruas da capital acreana. Número que já foi bem menor em 2019, quando a estimativa não passava de 10 mil animais.
O aumento de 806% em apenas 3 anos foi registrado com mais intensidade após entrar e vigor a lei federal que proíbe a eutanásia e a castração de animais sadios em situação de abandono.
Cabe ao centro de zoonoses acreano, a exemplo de outros estados brasileiros, apenas apelar para a população não abandonar seus bichos domésticos e incentivar a adoção dos que já se encontram sob cuidados do centro.
”Pedimos às pessoas interessadas em adotar um animal doméstico que se dirija à nossa sede, no Bairro Vila Acre, estrada de Senador Guiomard, para conhecer e, quem sabe, adotar um dos animais que retiramos das ruas e hoje se encontram à espera de um novo dono”, apela Ângela Foster, veterinária do centro de controle de zoonoses.
A lei municipal 2.215, de 10 de Outubro de 2016, criada pela Câmara de Vereadores e sancionada pelo prefeito na época, Marcus Alexandre, responsabiliza qualquer pessoa que abandone um animal domestico em via publica. No entanto, até hoje não se tem registro de que alguém tenha sido punido por esse tipo de crime na capital acreana.