Sebastião Sena, o coordenador de ramais que ficou paraplégico em grave acidente de trabalho à serviço da Emurb, na Estrada da Transacreana, denuncia mais uma vez a Prefeitura de Rio Branco. A contribuição previdenciária em nome do trabalhador é como se não existisse, e ele enfrenta sérias dificuldades para se aposentar. Uma audiência de conciliação foi realizada na última segunda-feira, sem acordo.
O juiz da Vara Federal do Trabalho deu 15 dias para a prefeitura revelar onde foi parar o dinheiro descontado do salário do trabalhador, e que não apareceu no sistema do INSS.
Sena diz que assessores blindam o prefeito Tião Bocalom, que parou de atendê-lo (ouça acima). O advogado de defesa pede uma indenização de R$ 2 milhões. A esse valor são incluídos várias ocorrências de descaso por parte do município, que contratou uma empresa para gerir os repasses e não toma providências sobre os prejuízos que afetam mais de 300 trabalhadores da Emurb. Sete deles estão na mesma situação (sem poder se aposentar) após serem afastados por invalidez.
Há 90 dias, o diretor-presidente da Emurb, José Assis Benvindo, garantiu que a aposentadoria do trabalhador estaria encaminhada em questão de horas. A afirmação foi feita ao jornalista Assem Neto, gravada, após uma reportagem de vídeo feita na residência de Sebastião Sena. Ele mentiu.