Na manhã de terça-feira (31), o senador Márcio Bittar (UB) apresentou um atestado médico à mesa diretora do Senado Federal, solicitando afastamento de 4 meses para realizar um “tratamento de saúde” que ainda não foi detalhado. No entanto, de acordo com o atestado anexado pelo parlamentar, trata-se de “quadro de agudo grave à saúde”.
Bittar andou de muletas por um bom tempo. Ele tem problemas no pé.
Como Bittar apresentou atestado informado sobre um grave problema de saúde, uma pergunta que fica no ar é:
Que enfermidade seria esta que o estaria impossibilitando de participar de sessões que acontecem três vezes por semana?
Lembrando que as sessões são semipresenciais, e remotas, o que permitiria o parlamentar confirmar presença desde a sua casa, bastando estar á frente de um computador.
E mais: de qual gravidade fala o senador, que lhe permitiria estar na linha de frente da campanha da mulher, Márcia Bittar?
De acordo com as novas regras vigentes, o Congresso Nacional arcará com a Licença para Tratamento de Saúde (LTS) durante os primeiros 15 dias. Quando o afastamento exceder este prazo, o servidor deverá requerer o Auxílio-Doença no INSS. Ou seja, o Acre tem 3 senadores mas o contribuinte deverá pagar quatro.
Quem conhece campanha eleitoral sabe o quanto estas andanças são desgastantes.
O senador mesmo disse que se dedicaria a isso nos próximos 4 meses, sendo que as sessões do senado estão ocorrendo de maneira semipresenciais. Bittar poderia participar até de sua casa aqui no Acre, no Mato Grosso ou São Paulo, estado para onde ele mandou milhões em emendas.
Ao todo, Bittar ficará ausente do Senado por 121 dias, devendo retornar em 28 de setembro. O senador requisitou a licença do exercício do cargo também alegando razões particulares.
Uma coisa é nítida: o senador fez uma jogada para agradar seu suplente, Eduardo Velloso, que já assumiu o posto de senador na tarde desta terça, e ao mesmo tempo ganha uma licença de 121 dias bem remuneradas e com as regalias que lhe são garantidas.