Ícone do site O SERINGAL

Filósofos do PT indicam que 2022 será o fim ou recomeço para Jorge Viana; Militância não o apóia para o Senado

Jorge Viana (PT) já foi prefeito de Rio Branco, governador do Acre por dois mandatos, senador da república e um dos homens mais influentes da região Norte no cenário político nacional.

No entanto, ao perder a eleição para o Senado em 2018 e ver seu partido ser retirado do poder depois de 20 anos seguidos governando o Acre, ele vive o dilema de “tudo ou nada” nas eleições desse ano.

Na avaliação dos grandes caciques de seu partido, se ele sair derrotado desse pleito sua imagem publica ficará desgastada perante o eleitorado e corre o risco de não ser mais eleito a nada no estado, como já aconteceu com outros grandes lideres políticos no passado.

Sendo eleito, será o reinicio de sua carreira, com outros víeis políticos para reergue o PT e o levar a novas disputas nos cenários municipal, estadual e até federal, no caso a prefeitura de Rio Branco daqui dois anos, a perpetuação novamente no governo do estado e as vagas de Senadores.

Por isso, segundo um analista político de seu próprio partido, Jorge Viana só deve concorrer ao cargo que ele identificar mais facilidade para ser eleito. Isso explicaria o porque de ele só ter insinuado que seria candidato ao governo depois que tomou conhecimento de que a eventual vice na chapa do atual governador Gladson Cameli seria Márcia Bittar, esposa do Senador Marcio Bittar (União Brasil).

“Todo mundo sabe que Marcio Bittar, apesar de influente em Brasília, não tem densidade eleitoral no Acre, e sua esposa sofre rejeição pública astronômica. Fato que pesaria para a reeleição de Gladson Cameli se ele mantiver ela como vice. Isso abrirá boas chances do companheiro Jorge Viana ser eleito governador do estado. Caso contrário, Jorge Viana deve disputar o Senado porque o grande número de candidatos a senadores do lado de lá favorece a gente do lado de cá”, disse a fonte de O Seringal.

Outro dilema enfrentado por Jorge Viana hoje é que alguns “filósofos” do PT defendem a candidatura dele para senador por entenderem que seria mais fácil conseguir a vitória. No entanto, a militância tem declarado nas reuniões internas do partido que só fazem campanha para ele se for para governo do Estado e jamais para senador.

Até o presente momento, o maior líder do Partido dos Trabalhadores acreano ainda não oficializou o cargo que deve disputar nas próximas eleições.

Jorge Viana tem, apenas, confirmado que será candidato a uma vaga majoritária, e que sua decisão final só será anunciada na convenção do partido, que por lei deve acontecer, no máximo, até o final da próxima semana.

Sair da versão mobile