PF considera inevitável aumentar número de segurança na proteção de Lula

A preocupação da Polícia Federal com a segurança com a dos candidatos à presidência, especialmente com Luiz Inácio Lula da Silva, aumentou depois do assassinato do militante petista Marcelo Arruda por um bolsonarista em Foz do Iguaçu.

O PT não pediu reforço na segurança por causa do episódio, mas os agentes e delegados que participam do planejamento disseram à equipe da coluna considerar que será inevitável aumentar o efetivo em pelo menos mais 20 ou 30 policiais até o final da campanha, dados os riscos envolvidos.

Com esse acréscimo, o número de policiais protegendo Lula poderá passar dos 50. Hoje são 27.

Essa estimativa já foi inclusive comunicada à cúpula do PT antes do crime de Foz do Iguaçu, segundo um petista que participa dessas conversas, em razão de episódios de hostilidade ou violência nos últimos meses.

Foi por causa desses seguidos alertas que Lula usou um colete à prova de balas no comício que fez na semana passada, na Cinelândia. Foi a primeira vez que o ex-presidente usou o equipamento.

Os seguranças vem aumentando as medidas de proteção a Lula até mesmo dentro de casa e desde antes de o esquema coordenado pela Polícia Federal entrar em funcionamento. Até junho, o petista ainda estava sob os cuidados do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do Palácio do Planalto, por ser ex-presidente.

No final de maio, a corporação anunciou que vai mobilizar cerca de 300 agentes, carros blindados e investir cerca de R$ 57 milhões e para garantir a segurança dos presidenciáveis.

A PF classificou os candidatos por uma escala de risco que vai de 0 a 5. Para decidir como distribuir esse efetivo, a PF levará em consideração uma escala de riscos que vai de 1 (menor risco) a 5 (maior risco), elaborada de acordo com o risco de cada candidato e o risco de cada evento da agenda do presidenciável.

Lula e Bolsonaro estão na categoria 5, de risco máximo.  Essa análise leva em conta a projeção nacional do político, a situação nas pesquisas, a sua visibilidade e histórico de ameaças, por exemplo.

Jair Bolsonaro também é alvo de muita preocupação da segurança, até pelo atentado sofrido em 2018.

Naquela campanha, a PF subestimou os riscos em torno da segurança do presidenciáveis. Depois do atentado a Jair Bolsonaro, alvo de uma facada em Juiz de Fora, a corporação mudou a forma de encarar o problema, editou uma instrução normativa para definir diretrizes gerais e decidiu profissionalizar os quadros.

Por isso, nesta campanha a maior preocupação já vinha sendo com a militância de extrema direita. “O discurso de extrema esquerda gerou um Adélio Bispo (que esfaqueou Bolsonaro em 2018)”, disse na ocasião à equipe da coluna uma fonte da Polícia Federal envolvida no cálculo dos riscos. “O discurso de extrema direita pode gerar outro Adélio”, alertou.

O histórico de episódios de tensão na campanha vem se intensificando à medida que a eleição se aproxima, e é por essa razão que a PF trabalha com a expectativa de aumentar a equipe de segurança de Lula nos próximos meses.

Em maio, em Campinas (SP), manifestantes cercaram o carro do petista quando ele ia para um almoço; no Paraná, um deputado o ameaçou de morte.

Em meados de junho, em Belo Horizonte, um drone atirou fezes e urina sobre o público que acompanhava um ato conjunto de Lula com o ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD).

Uma semana depois, um deputado estadual bolsonarista, filiado ao Republicanos, invadiu o evento de apresentação do programa de governo do PT, em São Paulo, e foi andando em direção à mesa onde estavam Lula e Geraldo Alckmin. “Vai voltar ao local do crime”, disse o militante andando em direção ao petista. Foi retirado do local pelos seguranças.

Na semana passada, durante o comício na Cinelândia, no Rio de Janeiro, uma bomba caseira com fezes foi lançada contra o público que acompanhava o ato.

Do G1

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