É intrigante como os presidentes do Podemos, Ney Amorim, e do União Brasil, Márcio Bittar, possuem tantos cargos no governo.
Mas também é fato que as duas siglas atuam dia em noite para desgastar a imagem do governo.
O deputado estadual Roberto Duarte (Republicanos), partido comandado por João Paulo Bittar, filho do senador Márcio Bittar, faz papel sensacionalista, rasteiro, covarde, traiçoeiro, e sem regras para atacar a imagem do governo. Aliás, o senador Márcio Bittar que tanto questiona e luta por espaços para a esposa compor a chapa majoritária de Gladson Cameli, sequer alinha sua tropa de subordinados e vassalos.
Bittar é campeão de espaços no governo, uma prova de que Gladson Cameli cumpriu sua parte na construção de alianças ainda em 2018. Mas o senador está cheio de candidatos a deputados estaduais e federais no Republicanos, União Brasil e PL, que fazem oposição ao governo publicamente.
Neném Almeida, que por sinal é o líder do Podemos na Assembleia Legislativa, faz oposição raivosa ao governo, sendo seu presidente Ney Amorim um dos mais prestigiados e respeitados pelo Palácio Rio Branco. O Podemos indicou recentemente o comando da Secretaria de Estado de Empreendedorismo e Turismo do estado, mas continua a acender uma vela para Deus e outra para o diabo. Ney Amorim silencia e não orienta seus deputados politicamente, o que soa como ingratidão e covardia. Logo ele que deixou a Presidência da Aleac sob boa aprovação, teve boa votação para senador e agora ressurge na cena política com semblante de aparente bom moço.
O governador Gladson Cameli faz sua parte, tenta unificar aliados que não retribuem na mesma medida.
Ney Amorim e Márcio Bittar não podem apenas desfrutar de cargos para apadrinhados de suas siglas.
Eles devem retribuir fidelidade política dentro de suas bases.
O eleitor está mais politizado.
Isso é um recado para a quem de direito.