Quando o governador Gladson Cameli provou ao União Brasil que Alan Rick deveria ser seu vice, o senador Márcio Bittar também foi comunicado sobre isso. E o aviso foi dado pelo vice-presidente nacional do UB, Antônio de Rueda, que se impressionou com a aceitação popular do governador e do próprio deputado.
O partido esperava bom senso, mas passou a observar um comportamento ainda mais agressivo, traiçoeiro e vingativo por parte do senador.
Bittar torceu o beiço, fez cara feia, resmungou e optou por engendrar uma sórdida campanha para desqualificar Alan Rick.
Maior prova de traição foi o gesto deplorável do senador no evento do Partido Liberal, quando ele fez publicar uma imagem da esposa, Márcia, do governador e da senadora Mailza, com a seguinte legenda: “a chapa está pronta”.
Era mentira.
Aliás, a tentativa de rifar Alan Rick desconsertou o UB no Acre quando Bittar, acreditando que sua mulher seria vice, lançou o médico Eduardo Velloso para o Senado.
O médico, aliás, que acabara de ascender ao Senado, ocupando a vaga do amigo afastado, foi desautorizado pela Executiva do UB.
Ali, plantavam notícias, dentro da redação do próprio senador, tentando induzir o povo a acreditar que Alan Rick estaria tomando o União Brasil para si.
Outra mentira.
Gladson só observava tudo.
O Seringal apurou que Alan Rick, por meses o predileto do eleitorado de direita para disputar o Senado, contemporizou a situação adversa e, ainda assim, buscava mediar a unidade do grupo que venceu as eleições em 2018. Até chegou a defender o nome de Márcia Espinosa para compor a vice quando seu nome sequer estava cotado para o mesmo cargo.
Quando Cameli fez a sua escolha, há algumas horas, foram vários os telefonemas do deputado ao senador.
Alan Rick agiu mais uma vez com cortesia e respeito, comunicou ter sido o escolhido para ser o vice, e esta decisão não era sua, mas da Executiva Nacional do UB.
Fez apelos para que a aliança não fosse dissolvida, obviamente sem mencionar a homérica rejeição de Márcia, para não causar uma situação ainda mais desonrosa e constrangedora.
A última ligação teria ocorrido na manhã desta segunda-feira, quando, segundo uma testemunha confidenciou ao jornalista Assem Neto, o deputado consultou (e não se impôs) Bittar sobre ser o vice de Gladson. Isso ocorreu horas antes do anúncio feito pela imprensa.
A resposta má educada veio assim: Bittar ofendeu gravemente até a mãe do governador, usando expressões impublicáveis.
O próprio governador, apurou a nossa reportagem, alheio às ofensas e difamações, e ainda nutrindo o respeito por Bittar, esperava bom senso do senador. Mas esse gesto não veio -0 como provavelmente não virá.
Márcio Bittar não inspira confiança. Sua sanha pela vice-governadoria esconde um projeto cancerígeno que inclui golpe de estado quiça no primeiro ano do segundo mandato de Cameli.
Tanto que agora ensaia composições com Mara Rocha, apostando no plano hostil, no denuncismo e nas rajadas de fake news contra o governador, que devem ser perpetradas pelo atual vice-governador e irmão da candidata do MDB.
Lembre-se, leitor:
Márcia Espinosa seria tão perigosa quanto o Major Rocha. E a suposta influência do marido em Brasília, aumentada com uma possível reeleição de Bolsonaro, causaria estrago no segundo mandato de Cameli.
Está esfacelada, felizmente, a tentativa de golpe.
Bittar não gosta de pobres e não tem interesse em se guiar pelo anseio daqueles que o elegeram.
Ingratidão é seu lema.
É correto afirmar que ele traiu quem mais o apoiou e está disposto, sempre, a apunhalar pelas costas aqueles que ousarem atravessar seu caminho.
No caso de Alan Rick, a sordidez do senador não prosperou por razões óbvias: a vontade popular prevalecerá sempre.
Também é correto dizer que nas próximas horas ele, o senador, pode ser convidado a deixar o União Brasil.
Isso, seguindo a lei, é feito por meio de uma carta de desfiliação encaminhada ao Juízo Eleitoral.
A menos que, como diz a máxima, o senador aceite que dói menos.
Deus não é padrasto!!!
Deus é pai!!