O cardiologista Fábio de Rueda, irmão do presidente nacional do União Brasil e da tesoureira do partido, “humilha” os demais candidatos a deputado federal pela legenda no Acre. A primeira a pular do barco foi Meire Serafim, esposa do prefeito Mazinho, de Sena Madureira. O grupo do prefeito está ciente de que é impossível disputar com a estrutura milionária do médico – o equivalente ao custo total de uma candidatura de governador.
Rueda é hóspede sazonal do Hotel Nóbilis e até há pouco tempo desembarcava no Acre a cada 30 dias. É outro que fez côro com o senador para rifar o deputado Alan Rick.
A ele, a Aleac concedeu o título de cidadão acreano.
Os candidatos Ulisses Araújo, Pedro Valério, Mirla Miranda e vários outros estariam extremamente desconfortáveis.
A Justiça Federal, diz a fonte, também teve problemas para confirmar um endereço fixo do médico. A sua transferência de domicílio eleitoral também foi uma engenharia.
“Quase ele não registra a candidatura”, disse.
Ao menos três vereadores da capital, entre eles Arnaldo Barros, se renderam às ofertas do médico.
“Cada grito é R$ 20 mil, por baixo”, ironizou a nossa fonte.
O partido controla um fundo partidário superior a R$ 1 bilhão, atrativo que fez o senador Márcio Bittar se candidatar a governador.
As imposições do partido em defesa de Rueda obrigam os candidatos a deputados federais repensarem seus planos, e causa desconforto evidente, enquanto Bittar avaliza todas as investidas do médico, que é natural do Pernambuco, tratado como um “forasteiro” com interesses espúrios nestas eleições, mais preocupado em “comprar um mandato do que propriamente fazer política em defesa do povo acreano”.
Alguns diretórios municipais do UB não serão reorganizados. O interesse maior é construir apoios “por fora”, trazendo lideranças dos bairros.
A estratégia de Rueda desmonta o conceito de fusão do PSL com o DEM.