Os candidatos à Presidência do Brasil e líderes políticos sul-americanos registraram solidariedade à vice-presidente da Argentina Cristina Kirchner, vítima de um atentado na noite desta quinta-feira (1). A exceção é o presidente Jair Bolsonaro (PL) que até a manhã desta sexta (2) ainda não se manifestou.
O presidente brasileiro tem sido um forte crítico da gestão Alberto Fernández, apesar do país vizinho ser um dos principais parceiros comerciais do Brasil. Em diversas lives e diante de apoiadores, Bolsonaro afirma que a Argentina caminha para se tornar uma Venezuela.
Conhecido como um peronista moderado, Fernandez mantém boas relações com a esquerda tradicional sul-americana, incluindo o presidente Lula, ao qual conforme afirmou, em entrevista ao Globo, que torce pela vitória nas eleições de 2022.
Até o momento, também, o Itamaraty não emitiu nota oficial sobre
O atentato contra a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, aconteceu na noite da quinta, em frente à casa dela, no bairro da Recoleta, área considerada nobre em Buenos Aires. Cristina cumprimentava apoiadores quando um homem portando uma arma de fogo a abordou. A arma falhou na hora do disparo e ele foi detido por agentes de segurança.
As autoridades identificaram o autor do atentado como Fernando Andres Motiel, um brasileiro de 35 anos que tem residência na Argentina desde 1990. Motiel trabalha como motorista de aplicativo no país e, de acordo com o jornal Clarín, ele tem antecedentes criminais.
O presidente argentino, Alberto Fernandez, declarou a sexta-feira (2) como feriado nacional. Ele também fez um discurso em rede nacional em que atribuiu o atentato ao discurso de ódio à política que tem ganhado espaço no país.