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Rodrigo maia, ex-presidente da Câmara, desmente Bolsonaro e diz que orçamento secreto é “obra do presidente”

Rodrigo Maia (PSDB-RJ), ex-presidente da Câmara dos Deputados, reagiu a uma fala do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), proferida nesta sexta-feira (28/10), atribuindo a Maia a criação das emendas de relator-geral (RP-9), popularmente conhecidas como orçamento secreto.

Em entrevista ao canal O Primo Rico, de Thiago Nigro, Bolsonaro disse que Maia queria espaço no governo, com a recriação do Ministério das Cidades, para “acomodar o seu pessoal”. O chefe do Palácio do Planalto alegou não ter aceitado e afirmou que isso acabou gerando uma reação que teria dado origem ao orçamento secreto.

Ainda segundo o mandatário, ele não tem controle sobre o orçamento. Ele disse que, se tivesse “nas mãos” os R$ 19 bilhões previstos para as emendas de relator-geral no ano que vem, seria “o presidente mais feliz do mundo”.

Em vídeo divulgado pelas redes sociais, Maia rebateu: “Hoje, o presidente, mais uma vez, mentiu, querendo atribuir a mim uma responsabilidade que é dele. É simples assim. Eu não quero ser responsabilizado pelo que eu não fiz. Eu não quero também que o presidente seja responsabilidade pelo que ele não fez. O presidente insiste em dizer que eu criei o orçamento secreto, mas a lei é dele, a sanção é dele e a execução é dele”.

As emendas de relator-geral foram criadas a partir do projeto orçamentário enviado pelo Poder Executivo em 2019. Bolsonaro havia vetado uma proposta do Congresso de tornar obrigatória a RP 9, mas o governo recuou diante de um acordo com o Congresso.

O Orçamento previsto para 2023, por exemplo, reserva R$ 19 bilhões para as emendas de relator.

 

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