Coronel Ulisses se esbalda na piscina e internauta dispara: “falta pagar os funcionários já que sobra dinheiro pra luxar”

 

 

 

Ao comemorar a diplomação como deputado federal eleito, numa piscina, o coronel Ulisses Araújo foi cobrado publicamente por atrasos nos pagamentos da empresa de segurança privada que pertence à sua família. A imagem, publicada na rede social da  publicitária Mirla Miranda, tem o empresário José Lopes, derrotado nas eleições passadas, e o senador eleito, Alan Rick. A comemoração rendeu constrangimento ao militar, responsabilizado pelo não pagamento de salários de um grupo de 60 vigilantes que prestam serviços nas escolas públicas e na Universidade Federal do Acre (Ufac).

“Só falta pagar os funcionários, já que tá sobrando dinheiro para luxar”, espetou a internauta Tayla Fernandes. “Isso que pensei quando vi essa foto”, concordou outra seguidora.

O presidente do Sindicato dos Vigilantes, Nonato Santos, confirmou o atraso de salários e informou á reportagem, na noite desta sexta-feira, que a Estação Vip já foi notificada a efetuar os pagamentos. Segundo o sindicalista, a empresa se comprometeu de fazer os depósitos até esta sexta. “Nós fazemos a parte sindical, que é cobrar e comunicar os órgãos competentes sobre quaisquer prejuízos causados aos trabalhadores. Infelizmente esse problema é real e nós esperamos bom senso para evitar problemas judiciais futuros”, disse Nonato Santos.

Os salários deveriam ter sido pagos até o dia 5 de dezembro.

Ulisses, habitualmente, declara que “não tem poder de mando” na empresa que é controlada pela sua esposa. Os trabalhadores respeitam silenciosamente esta versão, já que o militar era diretor na Secretaria de Segurança Pública (Sejusp) e, por razões óbvias, estaria impedido de trabalhar para o Estado, com quem a Vip tem contratos generosos.

O sindicato da categoria agora espera que, como parlamentar federal, Ulisses volte o seu mandato, dentre outras obrigações, para os vigilantes do Acre, especialmente os que prestam serviços às instituições federais (o Ifac e Ufac, por exemplo), que sofrem com cortes rasos em seus orçamentos no final da gestão Bolsonaro, de quem o militar é fã de carteirinha.

 

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