Dona Aldeli luta praticamente sozinha para localizar o homem com quem viveu por três anos e violentou suas duas filhas, uma delas com 9 anos e a outra com 14 anos à época. Relatos das meninas (a mais velha conta que foi violentada ao menos três vezes) reforçam o inquérito policial que resultou na ordem de prisão pela justiça de Rondônia, em dezembro de 2019.
Sena Madureira foi o destino do criminoso, que “tem fama de boa eloquência, se expressa bem e engana facilmente qualquer pessoa”, lembra a faxineira. Nas ruas da terceira maior cidade do Acre, Gilmar Monteiro Marcelino conquistou a confiança de muitos desavisados e chegou ao gabinete do prefeito como “homem ungido por Deus”. A honraria, assinada pelo prefeito, atende apenas a critérios políticos e, no caso do suposto pastor, Mazinho não quis saber quem era, o que fazia e de onde veio.
Vereadores que apoiavam o prefeito também se aproveitaram da situação às vésperas das eleições municipais.
Gilmar gravou um vídeo, á época, dizendo que mudou de cidade com a missão de evangelizar, mas seu endereço é um mistério para as polícias do Acre e de Rondônia.
Dona Aldeli manteve contato com a polícia de Rondônia pela última vez na quinta-feira passada. A resposta é desanimadora.
“Me pediram para esperar mais 15 dias”. Ninguém sabe onde anda esse homem. Eu creio na justiça de Deus”, disse.