O Diário oficial tem sido um dos endereços eletrônicos mais acessados pelos que estão na expectativa de serem nomeados ou renomeados para compor a equipe de governo no Acre. É sempre assim todo início de gestão. Em 2023 a angústia de muitos supera a tranquilidade de uma minoria. O governo vem dando prioridades que nem todos compreendem e a ansiedade domina as relações entre si, especialmente nas redes sociais. Gladson Cameli, habitualmente popular e reverenciado por dar atenção ao seu eleitorado, é “perseguido” implacavelmente por aqueles que têm em sua agenda o telefone do governador.
Telefonemas a amigos supostamente influentes não param. Tampouco a tentativa desenfreada de furar os bloqueios na Casa Civil, onde deságuam as nomeações em forma de papéis assinados por padrinhos políticos. De lá até o Diário Oficial é outro caminho difícil, o que exige paciência demasiada dos pretendentes a um emprego até 2026.
O novo modelo de gestão, de avaliar o desempenho dos servidores, pode explicar o pente fino nas secretarias e autarquias.
Ou seja, é sabido que nem todos serão reconduzidos, infelizmente.
Milhares de comissionados exonerados no fim de dezembro permanecem com esperança e fé de que possam ser lembrados.
Mas cargo de confiança é isso: livre nomeação e exoneração – o que dá ao governador a prerrogativa de escolher quem tem o perfil para inúmeras tarefas nas mais diversas áreas da administração pública.
Vingam, sempre, em várias situações, a influência de aliados com mandatos, que as vezes indicam até quem não votou e nem fez campanha para o projeto vencedor.
Nesses casos, dane-se o perfil técnico.
Secretários abusam da caneta e da confiança dada a eles pelo Governador e também, desde já, constroem um curral eleitoral capaz de garantir reeleição daqui a 4 anos. O loteamento das repartições públicas está a passos largos.
São evidentes os equívocos de alguns assessores majoritários, o que aumenta o risco de desestabilidade na máquina pública e exige atenção dobrada do próprio governador nessas horas.
Outra verdade: tem gente abusando do nepotismo, da relação de amizade e impondo nomeações com altos salários para quem não tem perfil e muito menos votou no projeto vencedor.
Não há sorte que ajude….