Francisco Wagner de Santana Amorim é o nome que chama atenção por uma suposta barrigada da Casa Civil do Governo do Acre e do prefeito Zequinha Lima, de Cruzeiro do Sul. Dêda, ex-prefeito de Rodrigues Alves, deve ter feito acordo com Arquimedes, rei da física, para ser capaz de trabalhar no gabinete pessoal do governador, em Rio Branco, e mesmo tempo na Gestão Estratégica, Orçamento e Finanças da Prefeitura de Cruzeiro do Sul. Dois decretos foram publicados no Diário oficial, o que é ilegal, já que cargos em confiança precisa, por lei, ter dedicação exclusiva e não pode acumular outra função equivalente.
O chefe da Casa Civil, Jonathan Donadoni e o prefeito Zequinha Lima, que são amigos pessoais, são os grandes culpados pelo vexame: ele mandou nomear Dêda no dia 16 de janeiro, sendo que quatro dias antes o ex-prefeito estava nomeado em Cruzeiro do Sul. Detalhe: em ambos os casos, as nomeações são retroativas. Ou seja, o bem-aventurado político vai receber salário do Estado e da prefeitura quando chegar o fim do mês, isso se o Ministério Público não tiver a decência de pedir a exoneração dele em um dos cargos.
Donadoni filtra as nomeações, e cuida pessoalmente dos decretos que manda para serem assinados pelo governador.
A Casa Civil é sacudida em denúncias de nomeações sem critérios, em que até amantes de gente graúda no governo é colocada na folha de pagamento sem critérios técnicos, com salários generosos.
Dêda é marido da deputada estadual reeleita, Maria Antônia, e já exerceu cargos em confiança no Governo do Acre. A nomeação dele causa reboliço entre os deputados estaduais, indignados por que não que não são recebidos pelo chefe da Casa Civil.