A tribuna da câmara municipal da segunda maior cidade do Acre já foi palco de grandes debates e parlamentares destacados e reconhecidos pela sociedade cruzeirense, mas atualmente ela é vista como puxadinho da prefeitura.
O prefeito Zequinha lima fez uma reforma administrativa, que por sinal foi aprovada por unanimidade na câmara, e as medidas que estão sendo tomadas se transformaram em aperreio para os parlamentares que temem perder o poder de indicação de seus cabos eleitorais em cargos que tinham na gestão.
Cada um dos 14 parlamentares tinha dezenas de pessoas no organograma da máquina administrativa, mas com novo formato todo mundo foi exonerado e o prefeito, esperto, está renomeando os servidores aos poucos sem atender á sua base aliada.
Vereadores lamentam que seus afilhados estejam fora de folha e começam a se desesperar,.
A reportagem ouviu de um vereador o seguinte comentário: “a gente acha que caiu numa cilada”.
Ele não sabe informar qual o tamanho do espaço que dado aos 14 vereadores.
Curioso, no entanto, foi ver um parlamento sem voz de oposição ao executivo durante esses dois anos. A Câmara não tem debates e pautas de destaques, resumindo suas sessões em dizer amém para as demandas vinda da prefeitura. Servidores municipais quase não têm seus interesses defendidos por algum vereador e as entidades que representam a sociedade cruzeirense (comunidade em geral) ensaia uma revolta contra a apatia política e a falta de representatividade social no município.
Os trabalhos legislativos estão em recesso.
Resta saber qual comportamento os vereadores terão no retorno das sessões.
Dois anos já se passaram e logo logo os parlamentares serão levados a julgamento político da omissão escancarada.