Antônio Pádua Bruzugu, um ex-MDBista que enfrentou caciques como Flaviano Melo para se manter fiel ao governador Gladson Cameli, assumiu a Cageacre dias atrás. O prêmio pela lealdade veio junto com a autonomia administrativa, dada a ele pelo chefe do Executivo, em reconhecimento, inclusive, perlo esforço durante a campanha eleitoral.
Prova disso é a nomeação do intrépido ativista político Rui Birico, que faz embates homéricos em defesa do governo há anos, e havia sido exonerado após lobbye dentro da Casa Civil – uma pasta difícil de ser reordenada e que abriga, desde o início de 2019, uma espécie de governo paralelo, causando desgastes de toda ordem à governança.
Birico volta como comissionado lotado na Cageacre, de acordo com portaria assinada e publicado nesta terça-feira pelo próprio Bruzugu, com vencimentos brutos mensais de R$ 6 mil.
Esta nomeação e outras que podem ainda vir são tratadas por alguns como recado a Jonathan Donadoni e os asseclas da sua ante sala, muitos dos quais mais preocupados em emplacar parentes de primeiro grau na gestão pública do que propriamente avançar na construção de um governo mais decente.