Apenas a deputada federal eleita Socorro Neri dentre os 13 parlamentares federais conseguiu emplacar cargo no primeiro escalão do Governo do Acre até aqui. A ex-secretária de Educação manteve o sucessor, Aberson Carvalho, na pasta. O entorno do governador Cameli entende que os federais devem buscar seus espaços junto ao governo federal. E o foco deve total no atendimento de pleitos dos deputados estaduais. Conselheiros de ocasião dentro da Casa Civil convenceram Cameli sem atentar que o Acre pode perder, por ano, R$ 700 milhões em emendas impositivas da Bancada Federal, totalizando R$ 2,8 bilhões até o fim do mandato. É isso que querem?
Isso resultou numa baixa sem precedentes já no início do ano, quando o governador tomou posse. Alan Rick, senador eleito, anunciou o rompimento, insatisfeito por, dentre outros motivos, ser preterido e discriminado até mesmo com a rejeição de telefonemas. Além disso, pessoas próximas dele são enfáticos em reprimir o que chamam de ingratidão após o auxílio político dado a todos os municípios e ao próprio estado.
O Instituto de Educação Profissional e Tecnológica, única indicação de Alan como deputado federal, também foi dada a outro grupo. Ao perceber que a burrada teve consequências diretas na imagem do governador, arriscando desgastar a gestão pública, a Casa Civil chamou alguns mais próximos de Alan para convencê-lo a se reaproximar. Jairo Cassiano, um dos fiéis escudeiros do senador eleito, é a peça usada para que Alan mude de idéia.
“Eu tenho pessoas que dependem de mim. São pais e mães de família que, juntamente a mim, ajudaram a construir muita coisa boa nesse estado e que eu não os deixarei passar fome. A gratidão é uma virtude que tenho, graças a Deus. Estou visitando secretarias, agradecendo e anunciando boas conquistas do nosso mandato. Deixo claro que meu mandato estará sempre á disposição do que for bom para o povo acreano”, disse há pouco o senador eleito á reportagem do Seringal.