Maior liderança petista no Acre, Jorge Viana não está nada bem com alguns dirigentes da sigla no estado. Ele é acusado de usar o prestígio em proveito próprio, aquele conseguido pelo esforço da militância, e se dar bem em Brasília. Faturou um bom cargo, que irá resolver apenas o seu ego pessoal.
Um dirigente enfurecido, a quem o Seringal prometeu prometeu não revelar, disse que Jorge Viana sempre pensou em si, alguém que trabalhou para brilhar sozinho dentro do PT.
“A prova é que ele não deixou o Marcus Alexandre sair candidato a deputado estadual e o levou para o buraco com ele. Jorge sabia que uma eleição onde decidiu enfrentar o Gladson de última hora era balsa certa, mas ele só encarou essa porque ninguém o apoiaria para o Senado. O ego do cara é tão grande que não abriu espaço para o Jenilson Leite. Ele quer brilhar só”, alfinetou, vesivelmente indignado com o que chama de “ingratidão”.
Amargurado, o petista disse falar em nome de um grupo maior, desiludido. “O Jorge não está nem aí para os espaços do governo federal no Acre, pois sabe que serão dado aos eleitos que deverão entrar na base do governo Lula e que por isso cuidou logo de sua vida usando a influência em Brasília para ser Presidente da APEX”.
“Todos sabem que o Jorge espalhou na imprensa que seria ministro, mas de onde ele achou que teria respaldo para desbancar a Marina Silva? O cara teve uma derrota vexatória para governador e chegou em Brasília tentando cantar de galo. Eu estou conformado, não preciso de cargos por ter minha vida resolvida, mas vejo muita gente boa e qualificada, que dedicou a vida toda para ajudar o Jorge Viana se dar bem na política e na vida, que estão a ver navios. Só espero que a militância da esquerda no Acre passe a ver o Jorge Viana como alguém que já deu. Ele, Márcio Bittar, Petecão e outros, deveriam ser aposentados de vez pelo povo”, afirmou.
A reclamação do dirigente do PT é uma realidade que se escuta pelas rodas de debate. Jorge Viana e outros medalhões da esquerda acreana desfrutaram de uma hegemonia de poder e espaços políticos e não se preocuparam em fazer apostas em novos quadros. Basta ver quem são os principais nomes que reinam absoluto na maioria dos partidos.