O silêncio do MP incomoda e angustia outras vítimas, que preparam uma investida nas redes sociais contra a “falta de pulso das autoridades”, e pedindo punição aos responsáveis. A Xland seria parceira de uma Holding ainda mais poderosa, a WLJC Consultoria e Gestão Empresarial, de propriedade do jogador do Fluminense, William Bigode. De bons amigos, o atleta tricolor e o jogador palmeirenses se tornaram desafetos e a polícia entrou no caso.
Scarpa e Mayke perderam R$ 11 milhões.
Em 26 de outubro do ano passado, o MP do Acre, através da 1º Promotoria de Defesa do Consumidor, deu o primeiro e talvez o único – passo para punir os criminosos. Em nota pública, o MP diz ter proposto civil pública contra os suspeitos.
Estranhamente, o promotor do caso, Dayan Moreira, se nega a dar informações sobre o andamento do inquérito. Ele não quis informar, por exemplo, se os sócios da empresa já foram ouvidos e o rol de possíveis vítimas no Acre e noutros estados. A assessora de imprensa do MPE, Kelly Souza, respondeu pelo promotor (veja o print abaixo).
Á época, há 4 meses, o MP deu a seguinte informação sobre o caso:
“De acordo com relatórios do Núcleo de Apoio Técnico (NAT), por meio Laboratório de Tecnologia Contra a Lavagem de Dinheiro (LAB) do MP-AC, há fortes indícios de que a empresa Xland Investment esteja se aproveitando do fato de que criptomoedas serem ativos financeiros sobre os quais a maioria da população tem pouco conhecimento sobre o assunto para empregar esquema ilícito. Além disso, a empresa citada também se beneficia do fato de os sistemas de moedas virtuais possuírem quase nenhuma regulamentação para atuar numa modalidade de pirâmide conhecida como “esquema de ponzi””, destaca a nota.