MP do Acre nega informação pública sobre empresa que deu calote de R$ 11 milhões em Scarpa, Mayke e Weverton; Conheça os sócios

A Xland Investment, empresa de criptomoedas com sede em Rio Branco (AC), segue impune e fazendo novas vítimas quatro meses após o Ministério Público anunciar ter aberto uma investigação para apurar suposta pirâmide financeira. Os sócios da empresa (veja fotos abaixo) prometem juros exorbitantes de 3% a 5% ao mês sobre o valor investido, e foram expostos da forma mais vergonhosa, na noite deste domingo, pelo Fantástico (TV Globo), na revelação exclusiva de um golpe cujas vítimas são os atletas Gustavo Scarpa (Nottingham Forest) e Mayke Rocha Oliveira (Palmeiras).

O silêncio do MP incomoda e angustia outras vítimas, que preparam uma investida nas redes sociais contra a “falta de pulso das autoridades”, e pedindo punição aos responsáveis. A Xland seria parceira de uma Holding ainda mais poderosa, a WLJC Consultoria e Gestão Empresarial, de propriedade do jogador do Fluminense, William Bigode. De bons amigos, o atleta tricolor e o jogador palmeirenses se tornaram desafetos e a polícia entrou no caso.

Scarpa e Mayke perderam R$ 11 milhões.

Em 26 de outubro do ano passado, o MP do Acre, através da 1º Promotoria de Defesa do Consumidor, deu o primeiro e talvez o único – passo para punir os criminosos. Em nota pública, o MP diz ter proposto civil pública contra os suspeitos.

Estranhamente, o promotor do caso, Dayan Moreira, se nega a dar informações sobre o andamento do inquérito. Ele não quis informar, por exemplo, se os sócios da empresa já foram ouvidos e o rol de possíveis vítimas no Acre e noutros estados. A assessora de imprensa do MPE, Kelly Souza, respondeu pelo promotor (veja o print abaixo).

 

 

 

 

Á época, há 4 meses, o MP deu a seguinte informação sobre o caso:

“De acordo com relatórios do Núcleo de Apoio Técnico (NAT), por meio Laboratório de Tecnologia Contra a Lavagem de Dinheiro (LAB) do MP-AC, há fortes indícios de que a empresa Xland Investment esteja se aproveitando do fato de que criptomoedas serem ativos financeiros sobre os quais a maioria da população tem pouco conhecimento sobre o assunto para empregar esquema ilícito. Além disso, a empresa citada também se beneficia do fato de os sistemas de moedas virtuais possuírem quase nenhuma regulamentação para atuar numa modalidade de pirâmide conhecida como “esquema de ponzi””, destaca a nota.

Pela Xland respondem Jean Ribeiro, Gabriel Nascimento, Elayne Nascimento e Maria Heloisa. As desculpas mais estapafúrdias dadas pelos empresários aos clientes lesados estão na reportagem completa, logo abaixo, juntamente com o histórico do golpe aplicado. Se apresenta como especializada na gestão de ativos digitais por meio dos contratos de aluguel (custódia) e diz ter uma “política de prevenção a fraudes”.