O prefeito Tião Bocalom (PP), de Rio Branco, vai para a reeleição de olho numa das duas vagas de senador em 2026.
Se for reeleito, o prefeito deixará o cargo para ser candidato a senador.
E o senador Sérgio Petecão, ao ser avisado disso, passou a desconsiderar o gestor municipal como aliado político, agravando ainda mais a relação entre ambos.
“A paciência acabou. Acabou o clima para apoiar a reeleição do Boca. Isso está fora de foco”, declarou o senador.
A informação, até então fechada, foi dada aos aliados mais próximos da Casa Amarela e confirmada na manhã desta segunda-feira por um influente aliado do senador. “Ele deixou isso muito claro. E é pra valer”, disse a fonte.
O prefeito teria dito o seguinte:
“Meu compromisso com o Petecão foi apenas na campanha pra o governo (em 2020, quando Petecão foi derrotado)”.
E teria dito mais:
“Doa a quem doer, eu vou para o Senado”.
Vários secretários municipais já não convidam Petecão para as agendas institucionais.
O senador atribui a sua derrota para o governo, dentre outros motivos, à gestão ineficiente do prefeito. Ele mandou um recado direto ao prefeito, com quem não conversa pessoalmente há muito tempo:
“Que Bocalom não rife quem eu coloquei na gestão dele. Quem está lá trabalhou para garantir a vitória dele em 2020”.
O senador disse na semana passada que “bocalom foi uma bala perdida” (releia AQUI)
Enquanto isso, atendendo a orientações do marido Petecão, a vice-prefeita Marfisa Galvão segue calada e conquistando popularidade sozinha. Ela declarou dias atrás que não é uma voz ouvida dentro da prefeitura.
Para acelerar o processo de desgaste entre Petecão e Bocalom, o senador reafirmou que “o tapete vermelho do PSD continua estendido para o engenheiro Marcus Alexandre, ex-prefeito da capital e o mais bem cotado para as eleições de 2024.