Jornalista vira catador de castanha no pico da safra que renderá milhões de dólares ao Acre em 2023

A coleta da safra de castanha do Brasil começa em Janeiro e se estende até o final de Abril. Coincide com o período dos três meses mais chuvosos na floresta amazônica. Chegar até os castanhais nessa época do ano não é tarefa fácil. O lamaçal dificulta o tráfego de carros nas estradas que dão acesso aos locais da coleta.

Ainda existe o risco de ser esmagado pelos galhos de arvores arremessados à distância pelos temporais que atingem a floresta.

Mesmo assim, o repórter acreano Jotha Guimaraes se embrenhou na mata, durante uma semana, para mostrar, com riqueza de detalhes, como ocorre o processo de coleta da castanha do Brasil.

Estamos falando da terceira maior fonte da economia acreana, ficando atrás da pecuária e da exploração legal de madeira.

Este ano for colhido quase meio milhão de latas de amêndoas, algo em torno de 1 milhão e duzentos mil quilos do produto.

Todo o processo é feito manualmente e começa com o esforço dos catadores para quebrarem o ouriço e extraírem as amêndoas.

O trabalho mais delicado no processo de extração das amêndoas É realizado, sempre, pela pessoa mais experiente. Isso evita acidente no manuseio do fação.

A cooperativa dos extrativistas do Estado do Acre calcula que a safra de castanha do Brasil injete na economia acreana, neste ano de 2023, aproximadamente R$ 35,2  milhões.

A produção tem como destino, depois de beneficiada, o abastecimento do mercado interno e a exportação em dólares para os Estados Unidos e a Europa.

Quem compra a castanha do Brasil no supermercado nem imagina que o alimento que está levando para casa saiu dos confins da floresta amazônica, nas costas de pessoas simples que, também, não têm a menor noção e, muito menos, idéia do valor que cada quilo do produto juntado por elas no meio do mato custa quando chegar ao consumidor final do outro lado do mundo.

 

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