Ao incluir o filho de seis anos do governador do Acre numa investigação criminal, a Polícia Federal extrapolou seus limites e pôs em cheque a sua credibilidade. A defesa de Gladson Cameli tem convicção de que a obtenção de informações que deu origem á Operação Ptolomeu contaminou todo o processo. E pede a anulação do inquérito produzido pela PF. A imprensa nacional repercute o pedido, que já está na mesa da ministra do STJ e relatora do caso. Abaixo, a mais recente notícia dobre o assunto, divulgada pelo Estadão:
A defesa do governador do Acre Gladson Camelli (PP) requereu ao Superior Tribunal de Justiça a suspensão das investigações da Operação Ptolomeu – que apura sobre supostos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo a cúpula do Governo do Acre. Os advogados de Gladson argumentam a nulidade de um passo dado pela Polícia Federal logo no início das investigações – a requisição de Relatórios de Inteligência Financeira sobre o filho do governador, de apenas seis anos.
A informação sobre os movimentos da Ptolomeu na direção do menor foi revelada pela coluna Radar, de Robson Bonin, da revista Veja, e confirmada pela reportagem do Estadão.
No documento protocolado no STJ, a defesa do governador, capitaneada pelo advogado Pedro Ivo Velloso, questiona o fato de a requisição dos Relatórios de Inteligência Financeira – produzidos pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) -, atingir o filho de Cameli. A partir desses relatórios, a PF faz análises que podem apontar eventual evolução patrimonial suspeita de investigados.