Nem a má fase do Flamengo rendeu mais comentários nas redes sociais do que a jocosa imagem de dois senadores acreanos sorridentes, lado a lado, de mãos dadas, na tarde deste domingo. Algum desavisado pode ter imaginado que este céu jamais teve dias nublados, tampouco nuvens densamente carregadas. Unanimemente, os internautas concordam: “se o Alan Rick quiser ser governador, deve se afastar do Márcio Bittar”.
Ninguém em juízo minimamente sadio crê em sinceridade quando Márcio defende Alan para governador. Não depois das humilhações que o jornalista e ex-apresentador de TV foi submetido na campanha passada. Rick é senador por méritos seus, de sua equipe, de um mandato propositivo – e nem o governador Gladson Cameli corroborou para que ele chegasse onde chegou. Foi uma vitória do povo. É sabido que Ney Amorim era o predileto do Palácio.
Bittar tenta queimar o colega, na condição de novo aliado do prefeito Bocalom e sua gulodice para ter 50% da prefeitura sob o seu mando. Joga com o que melhor sabe fazer: transformar partidos que usurpou em balcão de negócios.
E agora mais ainda, em razão dos burburinhos sobre um possível afastamento do governador.
Mailza, que foi senadora sem nenhum voto, poderá ser governadora sem ter sido votada. E o “chamego” dela com Bocalom não é segredo desde que a então senadora, àquela época presidente do PP, apadrinhou o professor que se tornou prefeito, peitando a autoridade da maior autoridade política do estado, o próprio Gladson, praticamente “expulso da legenda por conta da intransigência de seus correligionários. É essa falta de pulso que faz de Cameli investigado na Ptolomeu.
Não parece óbvia a intenção do grupo Bittar/Bocalom, afim de seduzir Alan, hoje cotado para governador em primeiro turno, afim de fragmentar o governador e tomar o poder até o segundo ano do segundo mandato?
Qual o capital político real e honroso de Bittar?
Sinceramente, cabe aquela clássica expressão popular, segundo a qual a vingança é prato que se come frio”.
É hora de Alan Rick, agora com o União Brasil nas mãos, provar que, além de bom parlamentar, não é nenhum otário.
Acorde, senador !