40 identificados: menores usavam celular dos pais para ameaçar alunos, funcionários e escolas do Acre

Polícia Civil identifica mais três perfis de ataque às escolas em Rio Branco; autores são ouvidos na delegacia

Ascom PCAC

Na manhã desta terça-feira, 02, a Polícia Civil do Acre (PCAC), cumpriu mais uma fase da Operação Escola Segura. Desta vez mais três perfis de ataques às escolas foram identificadas, todos de Rio Branco, e cinco mandados de busca e apreensão, dentre eles um adulto que os agentes estão em diligência para capturá-lo. Já são 40 os perfis identificados em 20 dias, informa em nota a polícia.

“Felizmente nenhum desses autores representaram um ataque real aos alunos e profissionais da educação”, diz a nota., que prossegue:

A polícia civil apreendeu aparelhos celulares, e os responsáveis serão ouvidos pela autoridade policial e podem responder por crimes, no devido processo legal que será iniciado a partir da instauração do inquérito.

Segundo o delegado responsável pela operação policial, Roberth Alencar, na maioria dos casos em que envolvem adultos, eram os próprios filhos que utilizavam de celulares dos pais ou terceiros para criarem esses perfis, pois segundo os próprios adolescentes era uma “zoeira”, ou “brincadeira”, mas haverá consequências e todos os menores responderam por ato infracional.

“Todos os casos serão encaminhados pela Delegacia de Proteção à Criança e do Adolescente para a vara da Infância e da Juventude, podendo receber uma medida socioeducativa, inclusive de internação, de acordo com o que é determinado pelo judiciário”, explicou o delegado Roberth Alencar.

Em relação aos pais, há outras medidas que o Ministério Público pode solicitar, inclusive a perca da guarda, dependendo do caso específico. Todos os casos estão em fase de conclusão, colecionados vários elementos probatórios, ou seja, os indícios apontam a participação de cada um na construção desses perfis e no fomento a atentados de caráter terroristas nas escolas.

A Operação Escola Segura é uma ação continua que foi planejada e administrada pelo Ministério da Justiça por meio do Laboratório Cibernético Nacional em que as polícias judiciárias de todo o Brasil troquem informações para o rastreamento e acompanhamento de qualquer rede ou perfil que venha planejar um atentado a escolas.