quinta-feira, outubro 3, 2024

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Com Bocalom “mandando” na Câmara, vice-prefeita de Rio Branco enfrenta risco real de Impeacment

A vice-prefeita de Rio Branco, Marfisa Galvão (PSD), já aceitou o convite do governador Gladson Cameli (PP) para se tornar secretária de estado. Assumirá a pasta da Mulher ou a de Assistência Social. Os atuais secretários (Lauro e Mardia El Shawa) se tornariam adjuntos.

A nova aliada, mulher do senador Sérgio Petecão, conversou nesta manhã, mais uma vez, por telefone, com o governador.

Cameli manteve o compromisso. Porém, ouviu certa insegurança de Galvão sobre o que diz a lei nesse caso.

Marfisa pode a cumular o cargo de vice-prefeita sendo secretária do Governo do Acre?

Sim, pode, respondeu um magistrado consultado pela reportagem há pouco.

E se Marfisa tiver que assumir a prefeitura na ausência do titular?

Não há impedimento legal, esclarece o juiz que pediu sigilo da fonte.

“Apenas os dias como chefe do executivo municipal serão descontados no salário dela como secretária”, explicou.

O magistrado, no entanto, lembra que  a vice-prefeita pode ser alvo de uma trama engendrada pelo grupo político de Bocalom. Ou seja, diante de qualquer desliza, seja como prefeita em exercício ou como secretária de estado, ela pode ser alvo de um processo de Impeachment.

“Este risco é real, dependendo do que for apresentado como denúncia. É parte de um jogo político que todos sabem como funciona”, disse.

Até este final de semana, Marfisa não trabalhava com a possibilidade de renunciar. Pessoas próximas a ela começam a alertá-la sobre o perigo de um julgamento político na Câmara Municipal, onde o prefeito tem maioria dos votos em troca de cargos na administração pública.

Um Impeachment tornaria Marfisa inelegível, o que atrapalharia o sentido da aliança do governador com o PSD.

Gladson e Petecão seria a chapa a ser batida na disputa das duas vagas de senador.

Esse caminho começa a ser pavimentado com Marfisa sendo vice de um candidato a prefeito, a ser escolhido (provavelmente progressista), consolidando um grupo maior ainda com vistas a eleger o governador em 2026.

 

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