O Conselho Regional de Medicina (CRM) segue dando bons motivos para as críticas sobre sua atuação protecionista e corporativista. A entidade está omissa quanto ao desvio de conduta de profissionais de Medicina no Acre. Não teve coragem de abrir investigação sobre a molecagem protagonizada por três de seus associados ante à internação da ministra Marina Silva por Covid, e só alimentou .]o noticiário nacional que repercute o episódio intensamente.
O Correio Braziliense, edição desta terça-feira, reproduziu postagem do médico Jorge Lucas da Fonseca, que se apresenta como “casado, cristão e pai”. Ele deu início ao que a Revista Forum chamou de “índoles perversas e antiéticas”.
“Ué, não era vacinada?”, disse ele. “Será que ela não tomou a vacina?”.
Chama atenção as participações do cirurgião Nilton Chavez e da ex-secretária de Saúde, Grace Mônica, também declaradamente bolsonaristas, nos comentários jocosos e de péssimo gosto, pauta para manchetes que envergonham os médicos de boa índole.
Mônica faz questão de se auto intitular “médica, ginecologista e obstetra com foco em cirurgias ginecológicas e em especial, cirurgia íntima”. Disse ela: “tomara que os vírus da COVID estejam bem”.
Prestar solidariedade não resolve, tampouco impede que molecagens desse tipo sejam cessadas.
Tanto o sindicato quanto o CRM corroboram com a pouca vergonha.