Menor denuncia motorista de transporte escolar por estupro, em Acrelândia. Pai cobra a polícia

Uma garota de 15 anos disse na polícia que foi estuprada por um condutor de transporte escolar no município de Acrelândia. O agressor leva e trás os alunos todos os dias numa região rural da cidade.

A versão contada pela menina na delegacia de polícia é revelada pelo pai, o produtor rural Alencar Alves da Silva, em conversa gravada com a nossa reportagem na manhã desta segunda-feira. Ele se diz revoltado com o tratamento dos investigadores e decidiu buscar apoio da imprensa. Abaixo, os principais trechos da entrevista.

Fui no sábado (na delegacia). O delegado não estava. Pediram para eu voltar hoje. Fui de novo. Minha filha também prestou depoimento. Ela esclareceu os fatos. Me pediram pra aguardar uma semana, para fazer os despachos de rotina. Isso é um absurdo. Uma semana? A gente é da zona rural. Minha filha acorda todo dia às 4 da manhã pra pegar o transporte escolar. O motorista a gente achava que era de confiança. Ele abusou da minha filha. Ele estuprou a minha filha. Teve relação sexual com minha filha. A Minha filha confirmou isso lá dentro da delegacia.  Eu apertei ela, e ela abriu o jogo. Ele largou o ônibus na cidade, pegou minha filha no colégio e levou ela para uma casa que ele mora alugado. Agora, ele  (motorista) está fugindo, indo embora de Acrelândia. Eu procurei ele, e disse que ele tem que assumir a minha filha, já que ele mexeu com ela. Ele quis negar, mas eu botei ela no telefone com ele, na minha frente. Eu tenho 40 anos, moro nesta cidade há 35 anos. Sou conhecido de todos aqui. Eu só tenho uma filha. Não sei mais o que fazer. Eu sou muito forte, mas não encontro mais esse cidadão por aqui. Eu queria achar ele. Eu queria achar ele. Ele não passou mais lá em casa. Mandam outra pessoa no lugar dele pra dirigir o ônibus.

A reportagem conversou com o professor Rogério, responsável pelo Transporte Escolar em Acrelândia. Ele disse que o motorista foi retirado da escala e o caso será reportado à empresa terceirizada que o contratou.

“Chamei ele, conversei com ele, mostrei a gravidade da situação, e terei que comunicar o caso à empresa. Uma providência deve ser tomada. O que coube a mim eu fiz. Lembrando que ele não é servidor do estado”, disse o encarregado.

Ele confirmou que o motorista está desligado de suas funções. Outro condutor assumiu o ônibvus que passa na frente da residência da vítima.