O secretário de Cultura e Turismo do município de Duque de Caxias, na baixada fluminense, João Carlos Brecha, é suspeito de inserir dados falsos na carteira de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro, segundo apurou o Estadão/Broadcast. Ele está entre os presos da operação Venire, da Polícia Federal.
Brecha teria acessado o sistema do ConectSus e inserido dados de vacinação no Estado do Rio de Janeiro em outubro de 2022, entre o primeiro e o segundo turno da eleição.
Procurado pela reportagem antes de ser preso, Brecha disse que desconhecia qualquer procedimento envolvendo seu nome e que, se fosse notificado, apresentaria resposta às suas indagações. Disse ainda que não tinha “nenhuma relação com o ex-presidente ou com sua família”.
Em fevereiro, o Estadão/Broadcast antecipou que a Controladoria-Geral da União (CGU) investigava se houve inserção de dados falsos no cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro nos sistemas do Ministério da Saúde. A reportagem teve acesso a documentos trocados entre os dois órgãos que tratam da apuração.