O ex-prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre, admitiu ser “candidatíssimo” nas eleições do ano que vem, e afastou qualquer possibilidade de disputar a prefeitura “no PT ou pelo PT”. Afirmou que “os tempos são outros” e desencorajou os petistas sobre possível reconciliação dele com a legenda. Mais cedo, um colaborador de Alexandre havia dito o seguinte: “são amigos que ele fez ao longo de muito tempo, mas a questão partidária deve ser separada nesse momento”
Perguntado sobre a decisão de ser vice de Jorge Viana nas eleições de 2020, Marcus foi taxativo: “não tem como corrigir os erros do passado”. A declaração reforça o sentimento de pessoas muito próximas do ex-prefeito, para os quais ele tinha um mandato de deputado estadual praticamente garantido mas foi induzido pelo grupo Viana a apostar no improvável.
A rápida entrevista foi no velório do amigo Mário do PT, na tarde desta quarta-feira.
O ex-prefeito disse que acorda todos os dias muito cedo, como sempre fez. “Caminho sozinho, devagar e sem estrutura. Não tenho pressa. A minha maior pesquisa é ser bem recebido por onde ando, nas ruas, nas redes sociais. A minha pesquisa são essas pessoas”, disse com simplicidade.
Marcus admite que grandes líderes políticos do Acre o procuraram, cada um com pesquisas pessoais em mãos, feitas em torno do seu nome. Em todas as sondagem, ele, Marcus, aparece à frente de qualquer outro candidato.
Com o senador Sérgio Petecão ele conversa todos os dias.
Com Flaviano Melo, também.
MDB e PSD esperam o “sim” dele há algum tempo.
Mas há gente graúda correndo por fora, e apostando alto na filiação do ex-prefeito. Num papo rápido, mas descontraído com um colaborador de oseringal, Marcus Alexandre confirmou ter recebido convite para ser o candidato do governo – e do governador – pelo PDT. O partido do deputado e secretário de Produção Luiz Tchê aguarda ansioso por uma resposta positiva.
Em tempo: um dos dirigentes mais influentes da legenda é o delegado de polícia Edmilson Faria, amigo pessoal de Marcus e seu candidato a vice na disputa pelo Governo do Acre em 2018.
Por fim, o ex-prefeito disse que esse tempo fora da política o amadureceu bastante. Seu filho nasceu e encontrou mais tempo para a família.
“Me sinto mais preparado”, resumiu.