terça-feira, outubro 8, 2024

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Falsidade ideológica? terceirizada do deputado Afonso Fernandes engana trabalhadores com falsa quitação de verbas rescisórias

A terceirizada Red Pontes, empresa do grupo familiar do deputado estadual Afonso Fernandes, deve ser acusada por estelionato e falsidade ideológica no Ministério Público.

Uma representante da empresa instigou trabalhadores a assinar uma quitação de verbas rescisórias com a promessa de que depositaria as indenizações, logo após a empresa perder a licitação para continuar fazendo a limpeza de hospitais públicos.

E os prestadores de serviços desligados no início do ano assinaram, acreditando na boa fé da empresa.

Foram enganados.

Esse documento deveria ser entregue à Secretaria de Saúde, que contratou a terceirizada, como prova de que a Red Pontes estava falando a verdade (ouça abaixo).

Ou seja, a idoneidade da empresa estava abalada e o governo exigiu provas de idoneidade, em razão de outras denúncias de calote que vieram a público na virada do ano e a partir de janeiro (veja mais abaixo).

 

 

Red Pontes, empresa de deputado que não recolhe FGTS, tem até esta sexta para se explicar e MPE diz que não vai investigar

Francisca da Silva Pinheiro diz que vai ao Ministério Público do Trabalho (ouça abaixo) com todas as provas que possui em mãos.

A terceirizada Audineide Magalhães diz que assinou o documento por acreditar na boa fé da empresa. “Todo dia eu olho a minha conta. Esse dinheiro não cai. Fomos trapaceados”, relata. A trabalhadora diz que 37 pessoas estão no prejuízo somente em Sena Madureira. Todos assinaram o termo de encerramento do contrato, mas três não aceitaram assinar a tal quitação de indenização.

Os cálculos das rescisões foram apresentados aos trabalhadores, com assinatura do responsável pela empresa (veja abaixo). Os valores, no entanto, não caíram na conta.

 

Somente em Sena Madureira são 37 prestadores de serviços (pais de família) que faziam a limpeza das unidades hospitalares. Eles confirmam a promessa da empresa em indenizar a todos. Porém, a Red Pontes, ao reunir com os trabalhadores, não deu data para depositar o dinheiro, alegando que precisaria de um documento assinado por eles.

O representante legal da empresa recusou todas as chamadas. Por mensagens via Whatsapp, ele deixou de conversar com a rerportagem quando souber do que se tratava. A última tentativa de ouví-lo foi às 13:20.

 

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