Mario do PT infartou apos calote de R$ 100 mil por empresa ligada ao grupo Murano

Uma revelação intrigante está revoltando amigos do trabalhador Mário Sergio Longuin, que faleceu aos 53 anos há duas semanas.

“Mário do PT”, um dos fundadores do partido no Acre, passou mal na noite anterior à sua morte por infarto fulminante. Naquele dia, Mário foi destratado na sede da empresa Mariê Construções LTDA, um suntuso imóvel situado na Estrada do São  Francisco. A empresa está na lista de investigadas por corrupção no âmbito da operação Ptolomeu e teve suas atividades suspensas por determinação do STJ.

A empresa acusada de calote tem como operadores os mesmos gestores da Construtora Murano, que tem sede na cidade satélite de Guará, no Distrito Federal, e deixou o Acre ao ser alvo do empresariado local por exercer trafico de influência anormal nas licitações públicas.

“É mentira que a Operação Ptolomeu seja culpada. Não pagaram por pura sem vergonhice”, disse reservadamente um amigo próximo de Mário.

Um áudio obtido pela reportagem revela Mario extremamente contrariado, Ele cobra uma dívida de aproximadamente R$ 100 mil, atrasada há 10 meses. “Eu só quero o que é meu. Eu quero receber o meu dinheiro”, diz Mário num diálogo tenso (ouça  abaixo) com um dos gerentes da Máriê chamado Venicios.  A conversa por telefone foi a saída encontrada para obter uma resposta da empresa que mesmo após a morte não procurou a família.

Uma foto emblemática (capa) mostra Mário com semblante abandonado, no estacionamento da Mário, desolado, enquanto os encarregados o tratavam com indiferença. Ele sequer foi recebido.

Mário trabalhou para concluir a reforma de três escolas públicas, na Vila Caquético, Sena Madureira  e Bujari  Fotos, planilhas, medições e transferências bancárias comprovam o vinculo de Mário com uma empresa subcontratada para executar as obras. A empresa em questão também está no prejuízo e tenta receber pelos serviços prestados desde setembro do ano passado, A reportagem apurou que Mário insistiu em receber seu dinheiro ao saber que o governo acreani havia repassado os valores à Máriê, conforme fica evidente no áudio acima.