No Fórum de Governadores, Gladson Cameli reforça união da Amazônia para o desenvolvimento econômico e social

O governador Gladson Cameli participou na manhã desta sexta-feira, 16, em Cuiabá, no Mato Grosso, do 25º Fórum de Governadores da Amazônia Legal e Convocação para 2ª Reunião Ordinária do Conselho da Administração, promovido pelo Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal.

Durante o evento, os governadores deliberaram sobre os produtos gerados durante as reuniões técnicas das Câmaras Setoriais, eventos transversais da agenda Pan-Amazônia, criação da Câmara Setorial de Agricultura e Economia Verde, apresentação e reverendo do novo secretário executivo do Consórcio, Marcello Brito, e por fim, a validação da Carta de Cuiabá, com posicionamento dos governantes ao governo brasileiro sobre a Cúpula da Amazônia.

O Fórum de Governadores é importante para que os governantes articulem requisições ao Governo Federal. Foto: Marcos Vicentti/Secom.

O anfitrião do encontro, governador Mauro Mendes, deu as boas-vindas à todos os participantes e destacou a importância das reuniões que debatem os interesses sociais da Amazônia. “Precisamos encontrar mecanismos para regularização fundiária. Precisamos acompanhar esse processo de implementação no Congresso Nacional”, disse Mendes.

O presidente do Consórcio, governador do Pará, Helder Barbalho, agradeceu a receptividade do Governo do Mato Grosso para com todos os membros do Consórcio de Governadores e ressaltou temas acerca da regularização fundiária e cadastro rural.

Em seu discurso no evento, o governador Gladson Cameli reforçou o compromisso em cumprir os acordos ambientais, e destacou avanços realizados durante a sua gestão. Além disso, discutiu junto aos governadores e vice-governadores alternativas para a geração de emprego e renda no Estado.

Autoridades de autarquias e secretarias do Acre participaram também do encontro. Foto: Marcos Vicentti/Secom.

“Temos que fortalecer esse fórum para que juntos possamos vencer os desafios da nossa região. No Acre, o Grupo Especial de Operações em Fronteira (Gefron), tem realizado um trabalho fundamental na segurança pública, e gerado bons resultados. Ainda precisamos de investimentos e tecnologia para cuidar da nossa fronteira. O Plano do Acre 10 anos, por exemplo, é um avanço muito grande que criamos nessa gestão, e que vai dar um norte aos próximos gestores no meu estado”, frisou o governador.

Para o governador Gladson Cameli, a prioridade é a geração de emprego e renda no Acre e no Norte. Foto: Marcos Vicentti/Secom.

As discussões colocadas em pauta durante o 25º Fórum de Governadores da Amazônia Legal destacam, sobretudo, o posicionamento dos chefes de estado e subsídios a serem apresentados durante a Cúpula da Amazônia, que acontecerá em agosto deste ano, em Belém-PA, entre os países da Pan-Amazônia e membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA): Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana e Suriname.

A Carta de Cuiabá, referendada por todos os governadores presentes no Fórum rebusca a importância do pacto federativo estabelecido na Constituição Federal e aborda em seu conteúdo o apoio a agenda climática, segurança alimentar, matriz energética sustentável e descarbonização dos processos produtivos.

A Carta de Cuiabá, assinada pelos governadores da região Norte, vai ser apresentada ao presidente Lula e em um evento da ONU, em agosto. Foto: Marcos Vicentti/Secom.

O documento traz também o apoio de todos os governadores a proposta de criação da Frente Parlamentar Mista da Amazônia Legal com vistas a construir e apresentar pautas no Congresso Nacional de interesses comuns de todos os estados da Amazônia.

O encontro ainda deu apoio unânime ao Governo do Pará para sediar em 2025, em Belém, a 30ª Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima – a COP 30.

Cúpula da Amazônia

Proposta pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no início do ano, a Cúpula da Amazônia é realizada pelos países que formam a Pan-Amazônia e são membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA). O evento vai acontecer em agosto deste ano, em Belém, no Pará.

O evento foi idealizado para discutir temas comuns relacionados à área ambiental e de direitos humanos. O principal objetivo é levar as conclusões acordadas durante a cúpula para a Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU), em setembro desde ano.

Os crimes transfronteiriços, vulnerabilidade dos povos indígenas, proteção e monitoramento de fauna e flora, crise climática, geração de emprego e renda, gestão de recursos hídricos, geração de energia renovável e exploração de petróleo e gás são as possíveis pautas que vão ser debatidas durante a cúpula.