Os sete chefes de facção que provocaram a maior rebelião em presídio do Acre, na última quarta-feira, estavam livres para agir.
Sim, livres, quando deveriam estar trancados.
Apenas aguardavam o momento certo.
E este momento foi quando o policial penal Rodrigo Pessoa chegou, na hora de servir o almoço, auxiliado pelo “faxineiro” (um apenado de bom comportamento destacado para transportar o alimento).
Uma das câmeras de monitoramento do Pavilhão A do presídio de “Segurança Máxima” Antônio Amaro Alves não deixa dúvidas: algumas celas estavam abertas.
Um dos rebelados vai em direção ao policial penal. O fuzil é tomado dele. O trabalhador fica rendido e passaria 24 horas refém.
O segundo preso identificado por Cleber Borges rende o faxineiro.
Em seguida, ele foge do alcance das câmeras.
As imagens não mostram, mas foi a partir daí que outros detentos foram soltos das celas.
O grupo pôs o faxineiro e o policial como escudos. A movimentação foi notada pela guarnição, que, imediatamente, fechou o portão principal, uma chapa de aço supostamente intransponível.
os rebelados passaram a abrir fogo em direção ao portão principal. A fuga era o plano A.
O plano B foi o massacre, em que cinco lideranças da facção rival acabaram executados.
Uma autoridade do meio jurídico, em conversa reservada com a reportagem, disse ter tido informações de que as grades estavam serradas.
Como assim serradas?
O presídio foi projetado para um preso por cela. Presos desta periculosidade jamais poderiam ficar livre no corredor onde transitam agentes de segurança armados.
As investigações correm.
Espera-se respostas convincentes para questões triviais: