Estado garante amparo aos invasores do Irineu Serra, que se jogam na linha de fogo: “estão atirando na comunidade”

Os invasores de terras na comunidade Irineu Serra gravaram o instante em que a PM cumpre reintegração de posse. Houve correria e mulheres chorando. Os militares precisaram usar bombas de efeito moral e balas de borracha, a fim de dispersar pessoas que insistem em ficar nas imediações das casas. Os imóveis estão sendo demolidos, atendendo a ordem judicial para desocupar o local onde há cerca de 300 famílias desde2021 (Vídeo acima). A orientação da polícia é proteger oficiais de justiça e os próprios invasores, garantindo o cumprimento da ordem judicial mesmo com o uso da força. A reintegração foi pedida pela Procuradoria Geral do estado (PGE), considerando se tratar de terras protegidas por lei.

Em nota (veja abaixo), o Estado garantiu que as famílias serão amparadas.

O governo do Acre prestará toda assistência social necessária às famílias que ocupam de forma irregular dois terrenos pertencentes ao Estado, nos bairros Defesa Civil e Irineu Serra, em Rio Branco. Nesta terça-feira, 15, a Polícia Militar cumpre, nas áreas em questão, ordem de reintegração de posse emitida pelo Poder Judiciário.

Por meio da Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos (Seasd), foi disponibilizado apoio logístico para o transporte das pessoas, assim como dos bens para o novo lugar de moradia. O benefício do aluguel social também está sendo oferecido no local por uma equipe composta por dez assistentes sociais e um psicólogo. Até o momento, cinco famílias aceitaram a proposta do governo.

O Estado colocou ainda, à disposição, o Parque de Exposições Wildy Viana, no Segundo Distrito da capital, para receber temporariamente as pessoas que não têm para onde ir. O governo se comprometeu com a oferta de serviços básicos, além do armazenamento e segurança dos pertences das famílias até que sejam inseridas no Programa Bolsa Moradia Transitória.

“Estamos todos mobilizados para prestar uma assistência digna a estas famílias que se encontram nesta situação de vulnerabilidade. O governo não deixará as pessoas desamparadas”, afirmou o titular da Seasd, Alex Carvalho.