O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, aguarda ser notificado formalmente sobre o início do processo de sua expulsão do PP. Ele não tem comentado o assunto, embora ciente do pedido, feito por três membros da executiva municipal e encaminhado prontamente pela presidente Socorro Neri. Mas a sua defesa já está pronta.
O PP acusará Bocalom por infidelidade, quando, nas eleições de 2022, ele não apoiou o governador Gladson Cameli, ambos do mesmo partido.
O prefeito, por sua vez, rebaterá á altura: ele dirá, em seu recurso, que o governador preferiu apoiar a então prefeita Socorro Neri, que não era progressista à época, o que, em tese, segundo Bocalom, caracteriza também um flagrante de infidelidade.
Esse embate deve terminar no TSE, que daria a palavra final sobre Bocalom ser candidato ou não pelo PP.
Enquanto isso, a amigos e aliados, o prefeito confidenciou que irá ao presidente nacional da sigla, Ciro Nogueira. O embarque para Brasília está agendado, e os compromissos do prefeito na capital ficaram em sobreaviso.
O que preocupa os progressistas é o silêncio igualmente estranho do governador Gladson Cameli, que em nenhum instante assumiu que seu candidato é também o seu secretário de Governo, Alysson Bestene, com quem viajou.
Os dois não participaram da prévia do PP que escancarou a rejeição a Bocalom e definiu Alysson como pré-candidato a prefeito.