A terceirizada Red Pontes, do grupo familiar do deputado Afonso Fernandes, está negativada junto à Receita Federal e à Caixa Econômica Federal; A empresa não pagou impostos federais e não recolhei o fundo de garantia de vários trabalhadores e, portanto, foi barrada pelo controle interno da Secretaria de Saúde. Ou seja, sem as certidões negativas de débito, obrigatórias, o Estado do Acre não pode repassar os valores referentes a serviços prestados.
O secretário Pedro Pascoal, num gesto solidário aos trabalhadores, buscou remédio jurídico para pagar, pelo menos, os meses atrasados de auxílio alimentação. A ordem de pagamento foi dada às 18 horas de sexta-feira e os valores devem cair a qualquer instante na conta dos trabalhadores. “É uma situação atípica, mas encontramos meios de aliviar as contas desses funcionários até que as demais pendências sejam solucionadas pela empresa”, explicou Pascoal. O secretário foi comunicado que há trabalhadores sem auxílio alimentação há cerca de 5 meses.
Outra inconsistências foram identificadas pelo controle interno da Sesacre, como a não entrega de material de limpeza na quantidade que a Red Pontes se comprometeu em contrato.
O governo também já repassou os valores de julho. Porém, há relator de que muitos terceirizados não receberam ainda.
A Rede Pontes e o próprio deputado não dão satisfação aos trabalhadores.
Em protesto, os terceirizados iniciaram um movimento grevista ainda na sexta-feira. Nesta segunda, eles saíram às ruas, num sinal de unidade, pedindo respostas da empresa. No Pronto-Socorro de Rio Branco a limpeza parou. Os grevistas disseram que irão fechar ainda pela manhã os acessos ao Hospital de Saúde Mental e à UPA da Sobral.