Assédio sexual, corrupção e tráfico de influência: delegados, servidores e policiais repudiam a gestão de Henrique Maciel na Polícia Civil

As entidades que representam os trabalhadores administrativos, agentes de polícia e delegados no Acre emitiram repúdio, por meio de notas públicas, contra a gestão do diretor-geral de Polícia Civil, Henrique Maciel. O gestor foi envolvido em denúncias gravíssimas de corrupção nas últimas horas – tráfico de influência, assédio moral e sexual, além de perseguições dentro da corporação. Maciel se vê sitiado em seu próprio gabinete, á espera de uma decisão superior que pode sentenciar fim de sua missão como chefe da pasta. A pessoas próximas, Maciel tem dito que, na pior das hipóteses fará a opção pela aposentadoria. Enquanto o governo apenas observa o barulho, com ressonância nos poderes Legislativo e Judiciário, o delegado alvo das acusações tenta provar inocência nos mesmos canais em que foi execrado: a imprensa.

A nota do Sinpol, Sindicato dos Policiais Civis, pede investigação “com rigor e imparcialidade”. A entidade informa ter ciência de todas as denúncia, diz estar atenta a outras acusações que virão e se coloca à disposição dos seus sindicalizados – inclusive as supostas vítimas do diretor-geral.

Já a Adepol, Associação dos Delegados de Polícia Civil, prestou solidariedade aos servidores vitimados por perseguições e às mulheres trabalhadoras supostamente assediadas sexual e moralmente.

Ambas as entidades exigem dos órgãos fiscalizadores que se esclareçam o envolvimento de Henrique Maciel noutras denúncias igualmente graves que versam sobre a transferência ilegal de delegados para cidades distantes, num flagrante desrespeito à ética funcional e um tipo de desforra do diretor contra servidores com os quais ele teria problemas pessoais. O abuso de autoridade, nesse caso, é evidente.

As denúncia foram publicadas inicialmente pelo G1 Acre (veja AQUI), com a devida versão do diretor-geral, que nega envolvimento. Nelas, constam, inclusive, as supostas incursões de Maciel para receber precatórios ilegalmente, em flagrante violação ao cronograma de pagamentos, prejudicando beneficiários que estavam na fila de espera e teriam direito aos repasses também.