O expediente na mansão do governador Gladson Cameli só termina quando sai dali o último deputado ou secretário de estado. Tem sido um entra e sai fora do comum nesses tempos. Um a um, todos eles são chamados para um ajuste da aliança que garante o fortalecimento da máquina pública e estreita as relações com a base política na Assembléia Legislativa.
Cameli precisou encontra tempo para agir como articulador do seu próprio governo, fazendo “reparos” em construções defeituosas e repaginando alicerces há muito fragilizados.
Gladson não curte o ambiente da intriga, razão pela qual prefere despachar numa paz construída por ele próprio, e repassar orientações devidas bem longe dos gabinetes enervados, tensionados pela disputa desnecessária de egos.
Ele pede o envolvimento na pré-campanha do secretário Alysson Bestene, muito embora esta não seja a pauta principal das descontraídas conversas regadas a coca-cola zero e Heineken sem álcool. Cameli usa o tom apaziguador, lembra o respeito com que os aliados são tratados e reafirma a necessidade de o governo manter a pegada de momento, logo agora que algumas medidas internas acertadas oxigenaram as contas públicas e as metas de equilíbrio fiscal são paulatinamente alcançadas. Mas é janeiro o prazo dado para que a crise financeira seja definitivamente afastada, acredita ele.
Entusiasmado, Cameli escuta, paciente, mas não afrouxa a rédea da governança – e nem deveria -, afinal esse tipo de pé de orelha não foi agendado para levar “facadas”.
Já passaram pelo Recanto Verde Tanizio Sá (deputado), João Paulo (Fundhacre), Henrique Maciel (Polícia Civil), Ney Amorim, Pablo Bregêncio (deputado), Calegário (deputado), Luiz Gonzaga (deputado), Nicolau Junior (deputado), Amarisio freiraif (Fazenda), Ricardo Brandão (Planejamento), Aberson Carvalho (Educação), Pedro Pascoal (Saúde), Italo (Obras) e Jonatan Donadoni (Casa Civil). Obviamente, a lista é infindável, pois nela constam todos da bancada federal, em visitas informais ao governador num outro momento.