Nem o chefe de gabinete do prefeito Tião Bocalom (PP) aguenta mais o autoritarismo do patrão.
Foram muitas trêtas, discussões nos corredores e guerra de egos entre Bocalom e Artur Liborino, a quem o prefeito declarou ser admirador “por sua competência”.
O afeto foi vencido pela inversão de valores e pela vaidade, segundo escreveu Artur em sua nota de despedida, publicada há pouco,
Liborino era da equipe graduada da Casa Civil e também pediu pra sair em 2021. Bocalom reagiu dizendo que estava com “dor na alma”, lamentando o pedido de exoneração do então assessor.
Agora ele abandona o cargo mais uma vez e expôe um sentimento de gratidão que não convence muito.
Abaixo, o inteiro teor da nota:
COMUNICADO
Quem me conhece, sabe que nunca fui homem apegado a a cargos,
minha grande paixão sempre foram as causas.
Quando vejo que os valores estão invertidos, ou seja, as vaidades se sobrepõe as causas, posso até ter prejuízos, mas prefiro seguir meus ideias e princípios e seguir meus sonhos. A política é seguramente, o melhor instrumento para fazer justiça social e alcançar os menores, aprendi muito cedo isso e vou carregar por toda minha vida. Hoje minha nota vem recheada de gratidão, de respeito e despedida.
Estou oficializando com esse texto minha saída da gestão municipal de
Rio Branco.
Externo minha gratidão ao prefeito,
aos secretários, vereadores, servidores efetivos, terceirizados e nomeados. Agradeço também, a sociedade civil organizada e em especial aos líderes comunitários, religiosos, entre outros… que sempre acreditaram no meu trabalho. Deixo meu reconhecimento , respeito, orgulho e gratidão a minha equipe , que esteve comigo todo dia,
acreditando que juntos podemos construir uma Rio Branco nova e melhor.