O diretor-geral de Polícia Civil, Henrique Maciel, investigado por suposto assédio sexual, moral, tráfico de influência e perseguição a servidores, já estaria propenso a pedir aposentadoria. Ele tem direito ao benefício e sua condição no comando da instituição é tida como insustentável. Maciel é alvo de repúdios reiterados da Associação dos Delegados (Adepol) e do Sindicato dos Policiais Civis (Sinspol). As entidades provocaram a abertura de investigação contra o diretor-geral pelo Ministério Público.
Internamente, o Governo do Acre aguarda as consequências da investigação. Porém, segundo apurou a reportagem, o governador Gladson Cameli (PP) não se oporia a um possível pedido de afastamento. Nem mesmo um pedido de aposentadoria seria rejeitado. As denúncias causam desgaste à governança. Cameli segue sereno, cuidadoso, e tem dito que não faria mudanças no secretariado, pelo menos de imediato.
Para completar o rol de denúncias contra Maciel, fatos novos surgiram nas últimas horas. Um documento que a reportagem teve acesso indica que um parente de primeiro grau do delegado emplacou ao menos dois cunhados e uma penca de amigos próximos – todos com altos salários e assento dentro do departamento. O dossiê será anexado à investigação.