A juíza Evelyn Campos negou uma liminar pretendida pelo prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, contra o jornalista Assem Neto.
O prefeito se sentiu ofendido em comentário do repórter que criticou a revitalização da Praça da Revolução, no centro da capital, em que a gestão municipal utiliza de forma exagerada o tom azul nas alamedas, calçadas e até nos quiosques utilizados por ambulantes permissionários.
Assem usou o termo “cagada” para definir a “gestão risível e decadente” do prefeito. E acrescentou: “ridículo, mau gosto, tirania, sujou a memória do herói da Revolução”.
Bocalom pediu, mas não foi atendido, que o repórter fizesse retratação e lhe garantisse um direito de resposta.
O prefeito pede, no mérito da questão, que o jornalista lhe indenize em R$ 44 mil.
Ouvido, o jornalista disse que não se calará.
“São questões de interesse público, que afetam diretamente a vida das pessoas. O meu comentário é respaldado por uma inquietação alarmante das pessoas, que têm o direito de se manifestar, opinar, assim como eu fiz. O prefeito pode ter boa intenção, mas ele tenta emplacar uma marca pessoal, com um viés político partidário, em quase tudo que faz, inclusive no patrimônio do povo. Isso acaba manchando a história, os símbolos dessa história, e o gestor municipal, que foi muito bem acolhido por nós, poderia ao menos respeitar as conquistas da nossa gente, que era assim quando ele chegou por essas bandas”, disse.