Estado manda água potável, cestas básicas, caminhonetes e motores a Brasiléia, isolada e em calamidade

Em menos de um ano, o município de Brasileia enfrenta mais uma alagação devido à cheia do Rio Acre. Ate o momento, esta é a segunda maior já registrada na cidade, que se encontra isolada por meio terrestre, com cerca de 75% do seu território atingido.

Visando atender à população do município, o governo do Estado enviou, nesta terça-feira, 27, o titular da Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri), José Luiz Tchê, para coordenar as ações de combate aos impactos da inundação na cidade.

Entrega de água mineral e cestas básicas ao município de Brasileia. Foto: Marcos Vicentti/Secom

Neste primeiro momento, o governo enviou a Brasileia, de forma emergencial, 300 galões de cinco litros de água mineral, 300 cestas básicas, um barco com motor e três caminhonetes.

“Estamos trazendo esse apoio humanitário, verificando as dificuldades que a cidade está enfrentando, para podermos enviar mais ajuda. Estamos aqui para apoiar os prefeitos dessa região e cuidar de gente, como diz o governador Gladson Cameli”, destacou.

Mais de 75% do território de Brasileia está inundando. Foto: Marcos Vicentti/Secom

O secretário ainda informou que irá verificar a situação dos agricultores, para saber de que forma eles podem ser ajudados com as perdas de plantações e lavouras. “Nós iremos verificar as demandas dos agricultores e planejar de que forma o Estado pode apoiar essas pessoas”, ressaltou Tchê.

Defesa civil municipal

Na tarde desta terça-feira, 27, a Prefeitura de Brasileia realizou uma reunião de alinhamento, com representantes de todos os órgãos estaduais, municipais e empresas envolvidas nas ações de combate aos impactos da inundação. O encontro aconteceu na sede da Defesa Civil do município.

Integrantes da reunião na sala de situação da Defesa Civil. Foto: Marcos Vicentti/Secom

“A situação aqui em Brasileia é de calamidade; em menos de um ano, já estamos sofrendo outra enchente. Essa já é considerada a segunda maior da cidade. Estamos isolados por via terrestre, e existem várias comunidades rurais isoladas”, destacou a prefeita de Brasileia, Fernanda Hassem.

Fernanda Assem destacou a importância da união entre Estado e município. Foto: Marcos Vicentti/Secom

Dados sobre a inundação

O município de Brasileia está sendo um dos mais afetados pela cheia do Rio Acre até o momento; cerca de 75% da cidade já foi afetada. Atualmente, a cidade está isolada por via terrestre, e as pessoas só conseguem se locomover por meio fluvial; 15 instituições do município estão alagadas.

Nesta terça-feira, as águas do Rio Acre continuaram subindo. Foto: Marcos Vicetti/Secom

Segundo o subcomandante do Corpo de Bombeiros do Acre (CBMAC), coronel Eden Santos, o Rio Acre continuou subindo nesta terça-feira, 27. “Existem previsões de mais chuvas no Alto Acre, segundo o mapa de precipitação”, informou.

O Corpo de de Bombeiros têm atuado, com todo o seu efetivo, para atender aos chamados da  população. Foto: Marcos Vicentti/Secom

Dados da Defesa Civil Estadual informam que o Rio Acre atingiu, às 6h desta quarta-feira, 28, a marca de 15,54m, faltando apenas um centímetro para alcançar a marca histórica registrada em 2015 de 15,55m.

Mais de 13 mil pessoas foram atingidas; 911 pessoas estão desabrigadas, 1.011 estão desalojadas, 12 bairros foram afetados, e 15 abrigos estão sendo administrados pela prefeitura, com um efetivo de mais de 500 pessoas atuando no município.

Em menos de um ano, Brasileia passa por mais uma alagação. Foto: Marcos Vicentti/ Secom

De acordo com a prefeitura, a zona rural ainda é uma grande preocupação; mais de 500 pessoas estão isoladas, 20 pontes foram destruídas pela força das águas, além de 21 linhas de bueiro arrasadas.

No final da tarde desta terça, o coordenador da Defesa Civil Estadual, coronel Batista, visitou o município para acompanhar de perto as ações do Estado na cidade.

Saúde

O secretário de saúde Pedro Pascoal veio pessoalmente ao município de Brasileia para verificar a situação dos pacientes que precisam fazer a hemodiálise, pois o município encontra-se isolado. “As clínicas da cidade se responsabilizaram em fazer o transporte desses pacientes até a capital e, após finalizar as sessões, eles irão retornar ao município”, disse.

Secom