Governador leva apoio no difícil recomeço de Jordão e Santa Rosa do Purus

o governador Gladson Cameli esteve no município de difícil acesso de Santa Rosa do Purus na manhã desta quinta-feira, 29. A agenda seguiu ainda para Jordão. À tarde, estará em Tarauacá.

JORDÃO

A secretária Extraordinária Dos Povos Indígenas, Francisca Arara, também participou da visita e aproveitou para afinar a logística para a entrega de sacolões nas aldeias da região.

Na cidade, o governador foi até as áreas atingidas e ao abrigo montado na escola Padre Paolino. Ele falou com os abrigados e reforçou apoio à cidade. “Tudo que eu puder fazer para amenizar o sofrimento de vocês eu vou fazer”, disse.

O nível do rio atingiu a marca de 10,77 metros, 1,77 metro acima da cota de transbordamento, que é 9 de metros. Mas, chegou a 11,12 metros nos últimos dias.

O município, que tem 6.723 habitantes, tem enfrentado a pior enchente da história, atingindo 3.607 pessoas na cidade. Até esta quinta, 521 pessoas estão desabrigadas e outras 960 desalojadas. Seis abrigos públicos atendem a população, sendo um destinado a pessoas com problemas de saúde que precisam ficar isoladas.

“Essa visita é pra poder ver todo o trabalho que a equipe governamental, junto com as secretarias e prefeituras, têm feito. É dar um abraço e reforçar nosso compromisso e dizer que estamos com um olhar voltado para essa cidade isolada de Santa Rosa do Purus e vamos juntos virar essa página”, destacou o governador.

Demandas

O prefeito da cidade, Tamir de Sá, destacou a importância da presença do chefe do Estado na cidade para conhecer a realidade local e ajudar nos recursos.

Prefeito de Santa Rosa do Purus, Tamir de Sá, juntamente com o governador Gladson Cameli.  Foto: José Caminha/Secom

“Tivemos uma cheia grande. Ninguém aqui tinha visto uma dessa. Não é muito fácil, temos um município muito longe, muito carente das coisas, com pouco recurso, mas estamos fazendo de tudo para atender a nossa população da maneira que a gente pode. A gente fica muito feliz com a vinda do governador porque ele está se deslocando para ver a situação do nosso município, da nossa população. É importante ele vir para ver o que ele pode fazer”, disse.

Um documento com as demandas do município foi entregue ao governador.

Um documento com as demandas do município foi entregue ao governador. Foto: Neto Lucena/Secom

Cameli destacou que esses dados são de extrema importância para se ter um cenário real de cada município e suas demandas. “Nossa intenção é estar junto para passarmos por isso. E vamos levar esses relatórios para que nossa equipe possa atender”, disse.

Ações e apoio

O subtenente do Corpo de Bombeiros que coordena as ações na cidade, Antônio Freire Queiroz, fala do apoio do Estado nas ações.

“Contamos com o apoio logístico da Assistência Social. Nós chegamos aqui para dar apoio à Defesa Civil do município, dando a orientação com relação a coordenar as operações de cheia, juntamente com a prefeitura. O rio subiu de forma súbita, de 9 metros no sábado, foi a 11,12 metros, e precisou de uma logística bem maior. O prefeito mobilizou todo mundo, a população se compadeceu com todos, e fizemos a remoção sábado e domingo de todas as pessoas, porque o bairro do centro ficou totalmente inundado com a água do Rio Purus”, disse.

Subtenente Antônio Freire, que coordena as ações na cidade. Foto: José Caminha/Secom

O governo do Estado já mandou à cidade isolada suprimentos, como cestas básicas, redes, hipocloridro e outros insumos. Além disso, todas as ações foram coordenadas por uma equipe do governo, que reforçou as ações em diversas frentes.

Desde segunda-feira, 26, o governo federal reconheceu a situação de emergência decretada pelo governador do estado em 17 das 22 cidades acreanas. A medida é o primeiro passo para acessar recursos federais complementares de apoio e assistência às vítimas da cheia.

Ainda na quarta-feira, 29, o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, ligou diretamente para o governador e colocou toda a estrutura do governo federal à disposição.

 

Jordão foi o segundo município visitado pelo governador Gladson Cameli nesta quinta-feira, 29, em uma agenda que percorreu as cidades atingidas pela cheia dos rios no estado.

A cidade é uma das de difícil acesso do estado e uma das mais atingidas pela cheia dos rios acreanos, chegando a ter 80% da população afetada. O prefeito da cidade, Naudo Ribeiro, decretou situação de calamidade pública devido aos estragos. Nesta quinta, as águas já baixaram, mas o trabalho agora é de recuperação.

Jordão foi o segundo município visitado pelo governador Gladson Cameli nesta quinta-feira. Foto: José Caminha/Secom

Na visita, o governador percorreu as áreas atingidas pela água e visitou o prédio da prefeitura onde está funcionando o hospital da cidade, que também foi alagado.

Cameli agradeceu o empenho de todos os servidores e reforçou que todos os esforços estão concentrados na recuperação da cidade junto ao governo federal e prefeituras.

“Minha obrigação é estar aqui. Faça todos os levantamentos do que está sendo necessário e minha equipe que vamos ajudar. O senhor não está sozinho e preciso de todos para virarmos essas página”, disse ao ser dirigir ao prefeito.

Na visita, o governador visitou o prédio da prefeitura onde está funcionando o hospital da cidade. Foto: José Caminha/Secom

O gestor municipal agradeceu a visita do governador e destacou a importância dele se fazer presente.

“A nossa população indígena é a maior preocupação. Todas as aldeias foram alagadas e perderam todas as plantações. É uma situação crítica, mas temos mantido contato com o governo estadual e o governador tem dado todo o apoio e isso fortalecer muito a gente que está nos municípios porque o Estado tem dado o apoio necessário para que a gente possa atender essas famílias. O governador tem nos ajudado bastante”, disse.

O gestor municipal agradeceu a visita do governador. Foto: José Caminha/Secom

A secretária Francisa Arara, titular da pasta dos Povos Originários, também participou da agenda e destacou que ouviu todas as demandas e que o essencial nesse primeiro momento, que é alimentação, já está sendo providenciada.

“Viemos ver a situação. Estamos sentando com os indígenas para informarmos o que o Estado está fazendo nesse primeiro momento, que é essa ação emergencial de trazer cestas básicas, kits de higiene, limpeza e redes. E também pensar na logística”, explicou.

Jordão foi um dos municípios mais atingidos pela cheia do rio. Foto: José Caminha/Secom

Francisca destacou também que é preciso pensar no pós enchente e que uma mobilização está sendo feita englobando representantes estaduais, federais e muncipais.

“Nós temos material, temos alimentação, e estamos pactuando com as prefeituras, vereadores e lideranças de como essas comunidades devem ser atendidas da melhor forma possível e sempre pensando também no pós enchente”, destacou

Jordão foi um dos municípios mais atingidos pela cheia do rio e, neste momento que as águas baixaram, é hora da reconstrução. Por orientações dos engenheiros, a reforma do hospital da cidade deve ocorrer dentro de um mês, pois ainda há água minando no solo.

Da Secom