Conheça Sara, o primeiro robô humanóide do mundo; “Ela não deveria falar de sexo nem política”

Elie Metri, CEO da QSS AI & Robots, empresa com sede em Riade, capital da Arábia Saudita, disse que o primeiro robô humanoide mulher do país não fala sobre sexo ou política porque é saudita. “Sara sabe que é uma menina, tem 25 anos, tem 1,62m e usa roupas sauditas. Ela deveria ser legal, não falar de política, não falar de sexo porque estamos na Arábia Saudita. Não deveria entrar nesses tópicos”, disse o executivo em entrevista ao Business Insider

Sara, que usa uma tradicional abaya, vestido semelhante a um manto, é o primeiro robô humanóide projetado e fabricado na Arábia Saudita e possivelmente no Oriente Médio. Ela é bilíngue, falando árabe e inglês.

Metri explicou que Sara usa o modelo de aprendizagem de idiomas da própria empresa – um programa de IA projetado para reconhecer e gerar texto e fala. “Não dependemos das bibliotecas de ninguém, nem mesmo do ChatGPT”, disse ele ao Insider.

O sistema jurídico da Arábia Saudita baseia-se na lei Sharia, embora tenha havido tentativas de modernizar a sociedade saudita nos últimos anos. Estas incluem regras flexíveis sobre os códigos de vestimenta e sobre as mulheres que dirigem.

No entanto, as mulheres ainda podem ser punidas por ativismo político e as discussões sobre sexo e sexualidade não são bem vistas. Em outubro de 2009, um saudita foi condenado a prisão e mil chicotadas por falar de sexo.

Metri disse que Sara atraiu ampla atenção após suas aparições em várias exposições de tecnologia, destacando efetivamente os avanços da Arábia Saudita em robótica e IA.

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No entanto, um incidente no início deste mês envolvendo outro robô humanóide da empresa, Muhammad, viralizou e levantou discussões sobre comportamentos inadequados pelos bots.

Em um vídeo, o robô pareceu estender a mão para tocar as costas de uma repórter da Al Arabiya. Ela pode ser vista respondendo com um olhar severo e uma palma levantada.

No X, usuários das redes sociais acusaram o robô de tocar indevidamente no repórter.

Metri disse que, pessoalmente, não parecia que Muhammad tivesse tocado a repórter de forma inadequada. “Enquanto os humanos falam, movemos as mãos, não somos manequins. É o mesmo para um robô”, disse ele.

Metri disse que, em sua opinião, o robô moveu levemente a mão e os dedos enquanto falava e, como a repórter estava muito perto de Muhammad, tocou levemente sua jaqueta. “A agressão sexual é totalmente diferente de uma mão robótica tocando a jaqueta de uma senhora”, acrescentou o executivo.

Apesar do frenesi que se seguiu nas redes sociais, Metri disse que não está preocupado com o incidente. “O estranho é que em todo o Médio Oriente, mesmo na Arábia Saudita, ninguém viu isto como algo mau porque sabiam que se tratava de um robô”, disse ele.

Por Época Negócios

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