sexta-feira, julho 26, 2024

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Audácia e estrago na gestão: acreanos que fugiram de Mossoró derrubaram dois diretores de presídios federais

A demissão do diretor da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, Humberto Gleydson Fontinele Alencar, foi publicada nesta sexta-feira, 5, no Diário Oficial da União. A medida aconteceu um dia após a captura dos fugitivos Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento em Marabá, no estado do Pará, mas o documento é datado do dia 25 de março. Os detentos são acreanos e protagonizaram a rebelião mais sangrenta em presídio federal do Acre, em junho do ano passado, quando 5 rivais foram mortos (decapitados e esquartejados).

Também nesta sexta, quatro agentes penitenciários do Acre foram afastados e um alto servidor da Direção do Presídio Antônio Amaro Alves, preso. Glauber Feitoza Maia, que ocupava o cargo de presidente do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC), também foi exonerado pelo governador Gladson Cameli dias após a rebelião.

A operação policial desta sexta-feira em Rio Branco foi feita na madrugada, quando os suspeitos estavam dormindo. Todos eles estavam fora do plantão de hoje. Os nomes ainda não foram revelados.

A ação policial no Acre agiu simultaneamente à transferência de Deibson e Rogério, e foi coordenada.

Os fugitivos foram presos com mais quatro pessoas e também houve a apreensão de um fuzil e aparelhos celulares. Em entrevista coletiva, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, destacou que criminosos das mesmas facções de Mendonça e Nascimento ajudaram nesses 50 dias em que os detentos permaneceram em fuga.

A operação de recaptura envolveu o monitoramento pelo uso da inteligência, o que possibilitou a prisão de 14 pessoas envolvidas no caso e a localização e prisão dos fugitivos a 1,6 mil km de distância do local de fuga.

Afastamento

Lewandowski havia afastado o diretor da unidade prisional de segurança máxima desde o dia em que a fuga dos dois detentos se tornou pública, em 14 de fevereiro. Na ocasião, o ex-diretor da Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná, Carlos Luis Vieira Pires, foi nomeado interventor.

O caso chamou a atenção por ser a primeira fuga registrada no país no sistema penitenciário federal, desde a sua criação em 2006. Coordenada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, a rede – formada por cinco presídios de segurança máxima – possui protocolos e sistema de vigilância avançados.

As investigações apontaram que Mendonça e Nascimento fugiram da Penitenciária de Mossoró usando ferramentas disponibilizadas para uma obra de reforma na unidade. A corregedoria-geral da Senappen informou que a apuração não identificou indícios de corrupção na fuga. Três Processos Administrativos Disciplinares (PADs) foram instaurados para identificar e corrigir infrações entre os servidores da unidade.

As informações são da Agência Brasil.

 

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