Desde a semana passada os trabalhadores se revezam em carga horária exaustiva para remover montanhas de areia acumuladas nas pilares do reservatório de água. Eles cumprem ordem para acelerar as escavações, numa desespero da prefeitura para contra um possível colapso no abastecimento de água tratada em Rio Branco.
Sem nenhum equipamento de proteção individual, eles utilizam pás para remover a terra.
Sobre as cabeças dos trabalhadores estão toneladas de concreto armado proveniente de uma passarela. Parte dessa estrutura já veio abaixo na última semana e o restante pode desabar a qualquer momento.
Ainda tem a parede do fundo do reservatório com milhares de litros de água forçando a estrutura para baixo, exatamente onde se concentra o trabalho dos operários.
O especialista em segurança no Trabalho, José Roberto Menezes, ouvido pela reportagem de Oseringal, considerou um crime a exposição dos homens a uma situação de risco de morte tão iminente.
“Esse prefeito já tinha que estar preso por cometer uma truculência dessa natureza com seus próprios servidores. Todo mundo sabe que isso aí pode desabar sobre esses homens e matar todos eles”, disse.
Toda estrutura da Estação de Tratamento apresentou rachaduras após a última enchente com risco de desmoronamentos, segundo os órgãos competentes que realizaram vistorias no local.
Tião Bocalom admitiu que não tem um plano B para evitar o eventual um possível colapso no abastecimento de água em Rio Branco. E campanha eleitoral para reeleição, Bocalom cobra todo o esforço dos operários do SAERB, mesmo eles correndo risco de vida, para manter a ETTA ll funcionando a qualquer custo.
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