O ex-prefeito Vagner Sales centraliza a decisão pela aliança – ou não – do MDB com o Progressistas, em Rio Branco e em Cruzeiro do Sul.
Sales não aceita retirar a candidatura da filha, a ex-deputada federal Jéssica Sales, à Prefeitura de CZS. Ele tem números generosos que, segundo avalia, põem Jéssica em vantagem sobre o atual prefeito, Zequinha Lima (PP), se as eleições fossem hoje.
Os progressistas somente aceitariam compor com Marcus Alexandre em Rio Branco se os Sales mudarem de idéia. Do contrário, o caminho seria a intragável (para muitos) aliança com o Tião Bocalom.
O irmão de Jéssica, Fagner Sales, poderia ser o vice, garantindo a reeleição de Zequinha lá, e fechando a provável aliança PP-MDB na capital, com o secretário de Governo, Alysson Bestene, para vice de Marcus. É o que propôs o PP.
Uma leitura mais apurada do cenário político fez o MDB “crescer o olho” nas últimas horas. Ao manter Jéssica em Cruzeiro, a legenda de Flaviano Melo apostará na eleição de Marcus (à frente nas pesquisas) e de Leila Galvão em Brasiléia. A ex-petista, segundo pesquisas domésticas do MDB, seria eleita hoje com algo próximo de 58% dos votos, desbancando a chefe de gabinete da atual prefeita Fernanda Hassen (agora no progressista).
A reportagem ouviu há pouco um interlocutor do MDB no Juruá. Ele disse que Vagner Sales “derramou lágrimas” ao convencer a filha a aceitar o desafio. Muito além da questão familiar, pesa a boa aceitação de Jéssica, que se agigantou após a comoção causada pelo câncer (hoje em total remissão).
As luzes de gabinetes, dos partidos, de mansões em condomínios de luxo não se apagam desde as primeiras horas desta sexta. Ainda hoje, sábado, espera-se o desfecho, afim de darem início á composição de chapas aos postulantes a vereadores.