sábado, julho 27, 2024

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A suspeita conexão entre advogados assessores de políticos que tentam tomar o poder e o delegado federal da Operação Ptolomeu

O ex-deputado federal Léo de Brito

Um dossiê obtido com exclusividade por o oseringal revela as relações suspeitas – e perigosas – entre advogados ligados a políticos locais, adversários do governador Gladson Cameli, e delegados que atuam na Operação Ptolomeu. As fontes ouvidas, entre elas operadores do Direito que por razões óbvias pedem anonimato, sugerem que a conexão entre os atores desta reportagem pode comprometer as investigações “por haver indícios de um plano com viés de vingança e com pretensão de desestabilizar o governo acreano.

O advogado Kaius Marcello

Abaixo, a íntima ligação deles com o ex-deputado federal Léo de Brito e a ex-deputada Mara Rocha e ao seu irmão, o ex-vice-governador Major Rocha, e um delegado da Polícia Federal responsável por inquéritos da operação Ptolomeu.

De acordo com o dossiê recebido pela equipe de oseringal, a história envolve os advogados Kaius Marcellus e Samara Mota e os delegados Itawan Pereira e Jacob Neto.

O delegado da PF Itawan

O delegado da PF Itawan Pereira foi assessor parlamentar do ex-deputado federal Léo de Brito e atuou na Operação Ptolomeu.

Kaio Marcellus, advogado dos irmãos Rocha, é irmão do delegado federal Itawan. Ele foi coordenador jurídico da candidata Mara Rocha ao Governo do Acre, e também é sócio da advogada Samarah Mota.

Samarah Mota é esposa do delegado da polícia Federal Jacob Melo e ex-assessora parlamentar do ex-deputado federal Léo de Brito. Coincidentemente – ou não – Samarah é sócia de Kaio Marcellus.

E onde eles se conectam?

Ocorre que logo após a primeira fase da Operação Ptolomeu Samarah ingressou com Ação Popular (em nome de Léo de Brito) pedindo que o governador do Acre fosse condenado a devolver R$ 828 milhões de reais ao Estado do Acre. A petição assinada por Samarah se baseou nas informações da Ptolomeu, algumas delas já consideradas improváveis. O pedido não prosperou.

A advogada Samarah

Samarah, além de ser casada com um dos delegados com atuação na operação (Jacob Neto), é sócia em escritório de advocacia com Kaius Marcellus, que por sua vez é irmão do delegado Itawan, que se envolveu em problemas em uma operação da PF no Maranhão por sua proximidade com partes do processo (print ao lado).

A imprensa maranhense citou, em 2022, o delegado Itawan como responsável por produzir “provas midiáticas” no caso que envolve dois políticos locais. As tais provas foram desconsideradas por serem insubstanciais.

Jorge Viana

Jorge Viana

Consta que Kaius teria sido o articulador de um suspeito encontro entre os irmãos Rocha e o ex-governador Jorge Viana. O assunto da reunião seria exatamente a operação da PF e seus desdobramentos. O intento de afastar o governador do cargo fracassou, mas uniu, secretamente, o petista e o ex-governador. Ambos decidiram passar uma borracha no passado (Rocha é autor da denúncia que levou Lula à prisão), em nome de um plano sórdido pelo poder no Estado do Acre.

Rocha

Major Rocha

O ex-senador petista não aceita ter perdido o protagonismo político no Estado do Acre, e tem dito a aliados que, mesmo ocupando cargo de relevância no Governo Lula (presidente da Apex Brasil), irá reconquistar a vaga no Senado em 2026 – para tanto, assegura ele, a arma seria o episódio Ptolomeu para gerar desgaste a Gladson Cameli. Já Major Rocha, sumido do cenário político, também fracassou no denuncismo vazio após trair a confiança do governador que lhe escolheu como vice em 2018.

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